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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Opinião

Pouco a comemorar, neste 1º de maio

No dia primeiro de maio, no Brasil comemora-se o dia do trabalho. Esta data tão importante teve origem em 1889, em Paris, em homenagem à manifestação feita em 1886 pelos trabalhadores americanos de Chicago, que brigavam por melhores condições nas fábricas, manifestação esta, que resultou em mortes, prisões e violência.

Em nosso país, com a chegada dos europeus no final do século XIX e começo do século XX, os mesmos, trouxeram para o nosso país os ideais de luta trabalhista. A ocorrência da primeira Greve Geral de 1917 ajudou de certa forma a pressionar o governo pela mudança no cenário operário, ou seja, a classe operária se mobilizou.

Mobilização esta, que em 1925, levou o então presidente Artur Bernardes a decretar o Dia do trabalhador, como também o é chamado 1º de maio.

 Muito tempo depois, teve origem à chamada Consolidação das Leis do Trabalho a (CLT), que aconteceu em 1º de maio de 1943, Getúlio Vargas assinou o Decreto Lei nº 5.452, garantindo direitos básicos como salário mínimo e duração de jornada de trabalho.

No Brasil, a comemoração desta importantíssima data para nós, neste momento tem um gostinho amargo, tendo em vista, o grande número de pessoas desempregadas, perfazendo 13,2 milhões, número assustador.

A questão do trabalho em nosso país é bastante complexa, uma vez que, nesse contexto temos uma série de nuances, que permeiam e norteiam o aumento no número de desempregados.

Entre as quais, está à questão da sazonalidade, ou seja, neste início de 2019 refletiu principalmente em um movimento sazonal de dispensa após as contratações de final de ano.

Este movimento acontece no mês de janeiro, mês em que, muitos trabalhadores temporários são dispensados, desta forma, ocorre um aumento na taxa de desocupação.

Outra questão latente em nosso país quando o assunto é trabalho; vem à tona,   com a questão da informalidade, ou seja, quatro em cada dez trabalhadores no país são trabalhadores informais, perfazendo um total de 41 milhões, correspondendo a 44%, um montante significativo.

Com essa situação adversa, a classe trabalhadora em nosso país, neste 1º de maio, tem pouco ou quase nada a comemorar, tendo em vista, o grande número de pessoas cerrando fileiras no desemprego. Como também, um grande número delas, encontra-se na informalidade, sem que seus direitos trabalhistas sejam respeitados.

Pare o mundo, quero descer!


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo.
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