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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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'Castelo' de adobe em meio ao cerrado de Chapada dos Guimarães tem jacuzzi e louças do Piauí; veja detalhes

Foto: Reprodução

'Castelo' de adobe em meio ao cerrado de Chapada dos Guimarães tem jacuzzi e louças do Piauí; veja detalhes
Nos dias de calor típicos de Cuiabá, as paredes de adobe - técnica milenar que usa terra, água e fibras naturais para construção - da Casa Domo de Terra, em Chapada dos Guimarães, ajudam a regular a temperatura interna. As paredes grossas de 30 cm do imóvel ajudam a reter umidade e promover a sensação de frescor. 

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Proprietária do local, a arqueóloga Suzana Hirooka explica que a técnica utilizada para a construção foi o hiperadobe, em que sacos cheios de terra são compactados em camadas que se transformam na estrutura da Casa de Domo. O hiperadobe foi desenvolvido a partir do superadobe e, além de ter baixo custo, é uma técnica orgânica. 

“Sou uma apaixonada pela natureza, pelo meio ambiente e sempre gostei muito de casas de adobe pelo frescor e facilidade da matéria-prima, também pela questão ecológica, não consome muito cimento e não requer materiais de muita industrialização. O grande desafio dessa casa foi chegar com o adobe até o telhado. Ela não tem telhas, o que significa uma economia de recursos naturais”. 

As paredes de sacos de terra comprimidos acompanham a curvatura da construção até fechar o topo do domo, onde foram colocadas cúpulas de vidro para que os hóspedes consigam observar o céu estrelado durante as noites em Chapada dos Guimarães. 

Suzana explica que o nome foi inspirado no formato da casa, que além de ser feita com a técnica de hiperadobe, também possui um sistema de coleta de chuva através de cisternas e fossa de bananeira, que funciona como um sistema de tratamento de água negra, a usada na descarga de sanitários. O processo evita poluição do solo, das águas superficiais e do lençol freático.


Casa foi decorada com arte indígena e louças da Serra da Capivara, no Piauí. (Foto: Reprodução)

“Sou arqueóloga e também da área da geologia, então trabalho com questões do meio ambiente e preservação. Sempre gostei muito das técnicas tradicionais, que são milenares e muito mais sustentáveis. Além de ter todo o cumprimento do pré-requisito de uma casa sustentável, inclui baixas emissões de CO². Não é preciso usar ar condicionado, tem coleta de água da chuva e planejamos toda uma iluminação natural, que dispensa o gasto de energia”. 

Para a proprietária, outro diferencial da casa é estar localizada em meio a uma floresta repleta de aricás, ipês e angicos. Ela destaca que o imóvel praticamente rodeado por uma área de preservação é uma raridade no cenário ambiental atual. Do lado de fora, meio a floresta, uma jacuzzi também é disponibilizada para os hóspedes. 

“A casa está bem de frente para o Vale do Quineira, onde tem uma cachoeira. Se a pessoa tiver condicionamento físico razoável, ela consegue acessar essa cachoeira”. 

A Casa Domo de Terra começou a ser construída em 2015 e foram necessários três anos de obras. Suzana conta que ela foi pensada para ser uma casa de veraneio, para onde ela costuma ir nos finais de semana em que sente vontade de se reconectar com a natureza.  

“No final de semana costumo ir para lá, é uma casa muito boa, com uma regularização térmica excepcional. Sempre está super fresquinha, parece que tem um ar condicionado ligado”. 

Jacuzzi nos fundos da casa é um dos atrativos que podem ser desfrutados pelos hóspedes. (Foto: Reprodução)

Ela destaca que a grande quantidade de árvores no terreno foi fator decisivo para adquirir a área e realizar o sonho da construção nos moldes da bioarquitetura. “Me apaixonei na hora, comprei mais por conta da floresta conservada”, conta. As paredes de adobe pintadas de branco contrastam com o verde da natureza que ainda resiste e é preservada na região. 

Suzana acredita que a arquitetura diferenciada, a presença forte das árvores e comodidades, como a jacuzzi, fazem com que a Casa Domo de Terra chame atenção de muitos casais que buscam por momentos de lazer e romance em Chapada dos Guimarães. 

“Vemos que tem uma clientela de um grupo que vai com mais frequência, que são os casais. Lá já foram feitos muitos ensaios de lua de mel e casamentos, então tem esse apelo romântico, acho que a jacuzzi do lado externo também aflora mais isso. O fato de ser uma casa diferente, que não tem nada parecido aqui em Mato Grosso, as pessoas se sentem atraídas pela experiência”. 

A proprietária lembra que ficou emocionada quando viu a construção pronta. Para além da estética da Casa Domo de Terra, que foi decorada com arte indígena e louças da Serra da Capivara (PI), Suzana destaca o peso que a bioarquitetura representa para a preservação do meio ambiente. 

“Fiquei emocionada quando vi a casa pronta, porque ficou um espaço maravilhoso, muito amplo, imaginava um pouco menor, mas o fato de ser um domo parece que ampliou o espaço. Estamos muito acostumadas com construções quadradas. É uma casa única”.

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