Nesta segunda-feira, 7 de abril, comemora-se o Dia do Jornalista. A data resgata a figura histórica de Líbero Badaró, médico e jornalista italiano radicado no Brasil à época do Império, que lutava pela independência e “pisava nos calos” de Dom Pedro I.
Segundo conta a história, Badaró era filiado à corrente liberal e em 1829 fundou o periódico O Observador Constitucional, que denunciava, sobretudo, os abusos de poder do Império.
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Em novembro de 1830 Badaró fora assassinado. A morte do jornalista, associada a outras insatisfações, levou o povo a se revoltar, acreditando que Dom Pedro I havia encomendado o assassinato. O imperador abdicou do poder em 7 de abril de 1831.
Na mesma data, no ano de 1908, seria criada a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e, em 1931, 100 anos após a renúncia de Dom Pedro, a ABI criou oficialmente o Dia do Jornalista.
Em “O Observador Constitucional”, em edição no mês de setembro de 1830, próximo a seu assassinato, Badaró escreveu:
“... altamente declaramos que não temos o menor medo de ameaças. Aconteça o que acontecer, a nossa vereda está marcada e não nos desviamos dela: não há força no mundo que nos possa fazer dobrar, senão a da razão, da justiça e da lei. Estamos em face do Brasil e para servi-lo daremos por bem empregada a vida. A opinião pública está bem fixa a respeito de certa gente; qualquer atentado lhe será imputado, e ficarão com um crime a mais, sem que isso acabe com os públicos escritores...“.
Este e outros trechos sobre a história do médico e jornalista podem ser lidos no livro “Libero Badaró – O sacrifício de um paladino da liberdade”, de Augusto Goeta, 1944. O livro pode ser acessado gratuitamente
AQUI.