Preocupada com as manifestações de diversas categorias profissionais, a mesa diretora da Câmara Federal deu início a um processo para aumentar a segurança interna e impedir a entrada de artefatos letais. Segundo fontes ligadas à Diretoria de Segurança Interna, o presidente da Casa Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) já reuniu os principais líderes partidários para comunicar a decisão, que interessa não só a parlamentares, mas a funcionários da Câmara e visitantes.

“Vai mudar muita coisa aqui. As portas de vidro serão substituídas por materiais mais resistentes. Serão instaladas barras de ferro nos principais acessos para tornar mais difícil a entrada de grande número de pessoas ao mesmo tempo. E equipamentos serão instalados nas entradas para mensurar em detalhes bolsas e bagagens suspeitas”, informou um segurança à reportagem do Olhar Direto.

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Na última semana houve confronto entre a Polícia Militar e agentes da segurança da Câmara com um grupo de centenas de manifestantes usando camisetas da CUT e da Força Sindical, que protestavam contra o PL 4330/2004, o chamado de projeto da “Terceirização”.

Em agosto o plenário da Câmara foi invadido por um grupo de policiais militares em protesto contra adiamentos na votação da PEC 300 (piso nacional dos OPM e bombeiros). Em abril foi a vez de centenas de índios ocuparem o plenário para pressionar Eduardo Alves a suspender a instalação da Comissão Especial da PEC 215 (demarcações indígenas).

Em 2006, um carro chegou a ser virado de ponta cabeça na entrada do anexo 2 da casa por manifestantes do Movimento de Libertação dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MLST). Para este sábado, foram colocados tapumes de madeira em alguns acessos devido à presença de milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios para o desfile de Sete de Setembro.