O número de usuários de crack nas quatro capitais da região centro-oeste do país chega a 51 mil. Os números fazem parte das pesquisas “Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do país” e “Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil”, elaboradas pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e divulgadas pelo Ministério da Justiça nesta quinta-feira (19.9), em Brasília.

Usuários declarados de drogas ilícitas nas capitais da região Centro-Oeste nos últimos seis meses chegam a 108 mil, o que coloca o crack como responsável por 47% de todas as drogas usadas na região pesquisada.

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Os levantamentos, considerados os maiores do mundo já realizados até aqui sobre este tipo de droga, foi feita entre novembro de 2011 e junho deste ano.

As 27 capitais do Brasil somam 370 mil consumidores da droga. Dentre os 370 mil usuários de crack e/ou similares estimados, cerca de 14% são menores de idade, o que representa aproximadamente 50 mil crianças e adolescentes que fazem uso dessa substância nas capitais do país.

Os dados revelam que 78,7% dos usuários são do sexo masculino. A idade média entre homens e mulheres é de 30 anos. O tempo médio de uso nas capitais é de oito anos nas capitais e de cinco anos nos demais municípios.

A região Norte lidera a estatística, com 148 mil usuários, seguida da Sudeste (113 mil), da Sul (37 mil), e Norte (33 mil).
Para o secretário nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore Maximiano, o número de usuários regulares desse tipo de droga é "expressivo", embora corresponda a 0,8% da população das capitais (45 milhões).

"Não é pouco, em absoluto, termos 370 mil pessoas com uso regular de crack. O número é expressivo e mostra que devemos ter total preocupação com o tema", afirmou em entrevista coletiva após a divulgação, em Brasília.

Atualizada às 13h05