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Sexta-feira, 28 de junho de 2024

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Brasília 54 anos

Capital federal completa 54 anos e tem no trânsito e na violência principais gargalos e desafios

Foto: Reprodução

Capital federal tem intensa programação de aniversário

Capital federal tem intensa programação de aniversário

O dia 21 de abril tem duplo significado para os brasilienses. Além de ser feriado de Tiradentes, a data celebra o aniversário da cidade planejada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa e inaugurada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek.


Passados 54 anos anos, a cidade em formato de avião apresenta problemas graves de mobilidade e violência urbana. Planejada para abrigar 500 mil pessoas, hoje o Distrito Federal tem 2,6 milhão de habitantes.

Projetada para o transporte individual por meio dos carros, hoje vive um nó logístico que nenhum governo foi capaz de resolver nos últimos 20 anos, quando aumentou significativamente sua frota, hoje estimada em 1,5 milhão de carros.

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Brasília é cortada por uma rodovia. Faltam ruas para receber tantos carros. Ainda que não se esperasse uma explosão demográfica, a lógica do projeto do Plano Piloto é toda baseada em vias expressas: só há grandes avenidas e pequenas ruas locais.

Os acessos às quadras residenciais e comerciais são feitos, em geral, por um único caminho. Há poucas ligações entre as principais vias da cidade.

O desenho proposto ao Plano Piloto também dificulta a criação de um sistema de transporte eficiente. Muitas ruas não comportam a circulação de ônibus capazes de transportar maior número de passageiros.

Só em 2012 é começou a construção de ciclovias, ainda que incipiente, mas que carece de um trabalho maior de conscientização e educação no trânsito.

O metrô, iniciado em 1994 e inaugurado há 14 anos, não atende plenamente a enorme quantidade de moradores das cidades satélites da saída sul da cidade. Ainda não há ligação ferroviária com a saída norte.

Pedestres também são vítimas do planejamento da capital. Calçadas não existem em muitos pontos da cidade, o que obriga as pessoas a andarem sobre áreas de grama, pó, lama ou entre os carros. Estacionar em Brasília também é um problema, apesar de seus enormes espaços.

Mas nem tudo é ruim em se tratando de mobilidade. Brasília é pioneira em se tratando de respeito à faixa de pedestre. Trabalho iniciado em 1999, hoje a cidade é modelo neste quesito.

No entanto, se Brasília até poucos anos atrás era considerada uma “ilha da fantasia”, este título já não faz mais sentido. A cidade com uma das maiores desigualdades sociais e econômicas do país começa a sentir os efeitos da violência urbana.

O crack chegou com força e invadiu o plano de vez. A cidade nunca teve tantas cracolândias. Houve um aumento significativo da insegurança nas ruas. Chegar em casa se tornou perigoso devido à onda de sequestros relâmpago.

A capital do país tem os maiores índices de desigualdade econômica. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os extremamente pobres são 2,8% da população do Distrito Federal, ou seja, pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia. Pelo menos 2% dos moradores do DF passam o mês com menos de R$ 67. Enquanto isto, os mais abastados, em sua maioria funcionários públicos com altos salários, estão cada vez mais ricos.

Programação
Problemas à parte, a capital de todos os brasileiros tem intensa programação nesta segunda-feira. Estão previstos para esta segunda-feira shows das bandas Paralamas do Sucesso e Nação Zumbi na Esplanada dos Ministérios e apresentação dos artistas Damares e Thales Roberto para o público gospel, em um pouco ao lado do Ginásio Nilson Nelson. Todas as atrações são gratuitas.

No palco "Brasília Capital de Todos os Ritmos", montado ao lado da Biblioteca Nacional, haverá shows de forró, axé e sertanejo. A expectativa da organização é de que 50 mil pessoas participem das celebrações nesta segunda.

A partir das 10h, será aberta a arena infantil, ao lado do Museu Nacional da República. Já a missa em comemoração ao aniversário da cidade idealizada por Juscelino Kubitschek e projetada por Lúcio Costa ocorre às 8h, na Catedral Metropolitana de Brasília.

A festa deste ano custou R$ 12,6 milhões para o GDF, incluindo a contratação de 132 artistas e a realização da “II Bienal do Livro e da Leitura”. As comemorações começaram no dia 11 e seguem até o dia 26.
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