A Defesa Civil de Cuiabá realiza nesta quarta-feira (14) avaliação na casa onde 12 pessoas, sendo nove adultos e três adolescentes, foram flagrados escavando um túnel para chegar à Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Jardim Industriário, em Cuiabá.
Os responsáveis pela escavação vieram do Piauí para a empreitada criminosa - alguns já tinham experiência em atividades garimpeira, com trabalho em escavações. Três deles têm passagens criminais por delitos como roubo, furto e violência doméstica. Eles foram presos por policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
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O túnel escavado na residência localizada na Rua 7 do bairro já tinha cerca de 30 metros. Toda terra era colocada em sacos na parte dos fundos do imóvel. O objetivo seria chegar a cerca de 200 metros até a Penitenciária, onde criminosos de alta periculosidade estão presos.
A casa fica a duas ruas da PCE e a escavação já havia atingido as tubulações de água e esgoto da via. O buraco já tinha chegado a uma residência aos fundos da residência usada pelos bandidos.
Por conta do vazamento de água e esgoto, quatro reservatórios estavam na área da residência para que o líquido não fosse para rua. Mesmo assim, parte do esgoto ficou empoçada na frente do imóvel.
A reportagem esteve no local e se deparou com uma residência de seis cômodos em condições insalubres, com grande quantidade de roupas espalhadas pelo chão de casa, além de bebidas e produtos não-perecíveis.
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O grupo trabalhava isolado, sem sair da casa. Para isso, estocaram alimentos e água suficientes para o abastecimento dos 12 suspeitos. As mulheres detidas, uma adolescente e uma adulta, eram responsáveis por fazer a alimentação do grupo e ajudar em outras atividades na residência.
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De acordo com o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, o grupo estava há 20 dias na residência, alugada em nome de um mestre de obras, cooptado por uma facção criminosa, responsável por organizar e coordenar a escavação do túnel. Todas estas informações foram coletadas em entrevistas preliminares com os suspeitos e serão apuradas no decorrer da investigação.
O delegado Vitor Hugo destaca que diversas diligências serão realizadas ao longo dos próximos dias a fim de dirimir todas as dúvidas e esclarecer o crime. “O objetivo da instauração do inquérito é sanar todas essas dúvidas e chegar à responsabilização dos envolvidos”, pontuou o delegado, destacando que a GCCO faz um trabalho contínuo e permanente de acompanhamento de grupos criminosos, especialmente em relação à região onde está instalada a PCE, maior unidade prisional do estado e que abriga inúmeros presos de alta periculosidade.
Veja vídeo:
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