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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

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SEM PROVAS

Abílio afirma que professores homossexuais forçam alunos a ter relações; entidades repudiam declaração

Foto: Câmara dos Deputados

Abílio afirma que professores homossexuais forçam alunos a ter relações; entidades repudiam declaração
O deputado Federal, Abilio Brunini (PL), afirmou, durante uma sessão deliberativa da Câmara dos Deputados, realizada no último dia 8 de março, que professor homossexual força alunos a manter relações sexuais em troca de aprovação escolar. A fala foi proferida durante o debate do Projeto de Lei 4534/2021, que trata como crime o condicionamento de dever de ofício à prestação de atividade sexual. Entidades LGBTI+ repudiaram a fala do parlamentar, apontada como LGBTIfóbica. 


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Sem provas ou qualquer levantamento em números, Abílio afirmou que já teve conhecimento de casos de professores homossexuais que condicionam a aprovação do aluno a realização de atos sexuais. As acusações também atingiam servidores das prefeituras, que segundo o parlamentar, são obrigados a fazer "teste do sofá" para conseguir um cargo público. 

"Só para você ter ideia, em muitas prefeituras do Brasil, para se obter um cargo público, se forçam muitas mulheres e homens a passar pelo teste do sofá. Já ouvi falar de professor homossexual forçar aluno para ter um caso para não reprovar no curso", disse o deputado. 

Ainda durante o discurso, o parlamentar alegou que os casos de assédio também acontecem em relações heterossexuais, mas optou por mencionar os educadores homossexuais em primeiro lugar. A fala foi repudiada por diversas organizações sociais que apontaram a fala de Abílio como um ataque aos servidores da educação e também a população LGBTI+. 

"Sem apresentar prova, em mais um de seus atos levianos, o deputado federal bolsonarista que envergonha a população do nosso Estado, com indicativos de quebra de decoro parlamentar dentre outras infrações dentre as quais a que enquadra a LGBTfobia como crime aprovada pelo STF a partir da alteração da Lei n° 7716/89. O Congresso Nacional não pode servir de picadeiro e nem tampouco de utilização de falas que endossam os crimes de ódio à população LGBTQIAP+ no Brasil", declararam em nota 20 entidades mato-grossenses. 

As organizações exigiram ainda que o parlamentar prove as acusações proferidas durante sua fala na tribuna. A nota ainda pede que a Comissão de Ética e de Direitos Humanos da Casa de Leis apure a declaração feita por Abílio. 

"O conjunto de organizações LGBTQIAP+ e movimentos da sociedade civil organizada de Mato Grosso exige prova das acusações feitas pelo deputado e que a sua má conduta seja apurada pela Comissão de Ética e de Direitos Humanos da Casa de Leis, exigimos provas diante das acusações proferidas, retratação e punição ao deputado", finalizou. 

Veja trecho do discurso: 

   
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