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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Diretor e PMs são indiciados por facilitar entrada de celulares na PCE

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Diretor e PMs são indiciados por facilitar entrada de celulares na PCE
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) indicou o diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, e o subdiretor da unidade, Reginaldo Alves dos Santos. Ambos foram alvos da Operação Assepsia, deflagrada em 18 de maio e são acusados de facilitar a entrada de celulares no local. Os militares presos na ação também acabaram denunciados pelos mesmos crimes.


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O tenente PM Cleber de Souza Ferreira (3º BPM), subtenente Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira (ROTAM) e cabo PM Denizel Moreira dos Santos (ROTAM), junto com o diretor e o sub, foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e inserção de aparelho de telefonia celular em estabelecimento penal.
 
Os detentos Paulo Cezar da Silva e Luciano Mariano da Silva também foram denunciados pelo crime de organização criminosa, inserção de aparelho de telefonia celular em estabelecimento penal e corrupção ativa. Eles são apontados como líderes do Comando Vermelho (CV).
 
Conforme a apuração da GCCO, segundo o delegado Flavio Stringuetta, Reginaldo e os militares combinaram de entregar aos presos mais de 80 celulares e acessórios em troca de dinheiro. Eles foram flagrados por câmeras de segurança em uma reunião na PCE.
 
A Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof/MT) informou por meio de nota que os militares estavam realizando um trabalho para a inteligência da PM e teriam sido pegos por engano.
 
Porém, ainda conforme a GCCO, os militares não tinham trabalho policial autorizado por seus superiores. Agora, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPMT) é quem decide se oferece denúncia contra os acusados.  

Os policiais militares presos urante a ‘Operação Assepsia’, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado, prestaram depoimento na manhã de erça-feira (25). Um forte esquema de segurança foi montado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Por estratégia da defesa, os policiais militares decidiram permanecer em silêncio e irão somente se pronunciar em juízo. Segundo a defesa, a alegação é de que eles são inocentes. 

A representação da Polícia Civil encaminhada à justiça dava conta de que os três militares, em associação com os agentes prisionais, teriam se organizando para fazer adentrar ao Presídio Central do Estado (PCE), um freezer recheado de aparelhos celulares. Como prova do alegado, a GCCO anexou na representação áudios e vídeos do sistema de CFTV do Carumbé, que mostravam os PMs adentrando a unidade prisional e se reunindo com o diretor do presídio e um reeducando.

Operação
 
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu terça-feira (18) sete mandados de prisão e oito ordens de busca e apreensão, na operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.
 
Os mandados de prisão foram decretados contra cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado (PCE). As 15 ordens judiciais são pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). O diretor da unidade, o sub-diretor e outros três policiais militares são alvos da ação
 
No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido. Todo o material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos.
 
Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico.  Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramento da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
 
Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.
 
Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado.
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