O secretário de Estado da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, disse hoje que ministro da Fazenda, Guido Mantega, se comprometeu a tratar "no curto prazo", a solução para o endividamento da cafeicultura brasileira. No entanto, segundo ele, os produtores foram surpreendidos pela sinalização dada pelo ministro, de que o governo poderá socorrer aproximadamente um terço da dívida estimada em R$ 4,2 bilhões.
 
"O desejado não foi fechado e não ficou muito claro sobre o que vai ocorrer com o restante do endividamento", disse o secretário. Gilman Viana disse, porém, que o ministro assegurou que o programa de leilões de opções públicas de venda para o café serão realizados "ainda neste semestre". Na próxima semana, Guido Mantega deverá se reunir com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para definir o preço de referência para o produto. Os produtores reivindicam o suporte orçamentário de R$ 1 bilhão, suficiente para 3 milhões de sacas. O pedido é para que os preços de referência fiquem entre R$ 300 e R$ 320 a saca.

Hoje, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB) apresentou ao ministro a reivindicação do setor, que propôs a conversão das dívidas financeiras do setor em sacas de café, por um preço de referência de R$ 320,00 a saca de 60 quilos, com prazo de 20 anos para pagamento, sendo que a primeira parcela seria em novembro de 2010. Além do secretário participaram também do encontro aproximadamente 30 senadores e deputados da Frente Parlamentar do Café.