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Domingo, 30 de junho de 2024

Notícias | Agronegócios

Brasil propõe produzir mais para combater alta dos preços agrícolas

O Brasil acredita que a melhor forma de conter a volatilidade dos preços agrícolas e dos alimentos é aumentar a oferta e que a especulação se combate no campo financeiro, disse nesta quinta-feira (23) o ministro da Agricultura Wagner Rossi.


"A melhor forma de combater a volatilidade dos preços é o aumento da produção", disse Rossi, ao término de uma reunião em Paris dos ministros da Agricultura do G20.

Esta reunião foi considerada "histórica", porque pela primeira vez este setor "estratégico" começa a fazer parte da agenda das maiores 20 economias desenvolvidas e emergentes.

Em relação ao combate à especulação, que segundo a França - anfitriã deste encontro -, é responsável pelo aumento dos preços das commodities agrícolas e dos alimentos, Wagner Rossi assegurou que esse assunto deve ser tratado pelos ministros da Economia do G20.

"Enviamos aos ministros a recomendação de aprofundar" este debate, que em sua opinião se "dá nos mercados financeiros". "A agricultura apenas é utilizada pelo mercado para obter ganhos", disse. "Se a regulação for necessária, terá que ser feita na área financeira", afirmou. "Não sabemos até que ponto incide nos preços, mas é preciso estudar isso".

O Brasil, junto com a Argentina, lidera a oposição ao controle dos preços dos produtos agrícolas.

O ministro ressaltou no plenário que os "aumentos de preços nos últimos anos compensam em parte o que perdemos no passado", segundo um comunicado distribuído ao término do encontro. Apesar disso, reconheceu o "avanço significativo" que representou a inclusão deste assunto na agenda do G20.

Também considerou que esta reunião representa um passo à frente para se trabalhar em prol da transparência em relação aos 'estoques' de alimentos e da solidariedade com os países mais vulneráveis em matéria alimentar. Um sistema de alerta vai permitir prevenir antes que uma crise aguda ocorra no setor alimentar, disse.

Os ministros do G20 adotaram nesta quinta-feira um Plano de Ação cujos pilares são a transparência maior dos mercados, uma melhor coordenação da política internacional para evitar crises alimentares, a redução dos efeitos da volatilidade nos preços para os mais vulneráveis e a regulação dos mercados financeiros agrícolas.

Os ministros também se comprometeram a melhorar a produção e a produtividade deste setor, que deverá alimentar 9 bilhões de pessoas em 2050, o tornará necessário aumentar a produção atual em 70%, sem que sejam cortadas mais árvores para isso.

Nesse sentido, o Brasil diz estar preparado para fazer a sua parte. "Temos mais de 120 milhões de hectares de terras degradadas que podem e devem ser reincorporadas ao processo produtivo e ambiental", disse o ministro.
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