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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

Notícias | Agronegócios

Vila Rica

Pecuaristas mantêm bloqueio a frigorífico

Os pecuaristas e líderes da cidade de Vila Rica, no Nordeste de Mato Grosso, mantêm o bloqueio à entrada da unidade do Frigorífico Quatro Marcos, na BR 158. Na noite de quinta-feira, eles deixaram a entrada do frigorífico por força de uma liminar.

Os pecuaristas e líderes da cidade de Vila Rica, no Nordeste de Mato Grosso, mantêm o bloqueio à entrada da unidade do Frigorífico Quatro Marcos, na BR 158. Na noite de quinta-feira, eles deixaram a entrada do frigorífico por força de uma liminar. No entanto, permanecem acampados às margens da rodovia. No frigorífico não estão entrando caminhões com bois para o abate e é impedida, também, a saída de carne a ser enviada a outros Estados por carretas com câmaras frias.

O movimento, segundo um dos diretores da Federação de Agricultura de Mato Grosso, Marcos Rosa, é pacífico e a rodovia está liberada ao tráfego para todos os demais veículos. "A população de Vila Rica entendeu o problema dos pecuaristas e está dando todo o apoio ao bloqueio e ninguém vai arredar pé de lá.", disse ele.

Na opinião de Marcos Rosa, que é de Canarana, mas esteve em Vila Rica acompanhando a movimentação, o que está acontecendo naquela cidade é um fato histórico que pode mudar os rumos da pecuária mato-grossense e a relação entre os produtores e os frigoríficos, que na opinião dele, estão sendo vítimas das empresas. Ele acredita, e defende também, que esse tipo de movimento se espalhe por outras cidades de Mato Grosso, que têm na pecuária a sua base e sustentação, como Canarana, Juina, Juara, São José dos Quatro Marcos e Colíder, por exemplo. "Os produtores estão pagando o preço da ganância dos frigoríficos que estão atolados em dívidas com os bancos".

Marcos Rosa suspeita que houve "premeditação" por parte de algumas empresas quando entraram com pedido de recuperação judicial. "A lei de recuperação judicial em si é boa, mas os produtores estão pagando um preço muito alto", diz o dirigente da Famato. Segundo ele, com a lei, a prioridade, pela ordem, é primeiro pagar os trabalhadores; em seguida vem os bancos e, por fim, os produtores.
 
"Hoje a dívida dos frigoríficos com os produtores está em torno de 9%. O restante é com os bancos, que têm prioridade para receber. Estamos pagando com nossa produção os juros que os frigoríricos devem aos bancos daqui e do exterior", afirma o pecuarista Marcos Rosa.

O diretor da Famato entende que as autoridades de Mato Grosso precisam agir com rapidez para minimizar os efeitos da crise que pode,  (e já está começando), afetar seriamente a arrecadação estadual. Segundo Marcos Rosa, o Governo do Estado precisa agir, já na segunda-feira, reduzindo a alíquota do ICMS e a pauta do gado gordo para que os pecuaristas possam exportar, em função das unidades frigoríficas fechadas em Mato Grosso.
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