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Domingo, 04 de agosto de 2024

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crise na pecuária

Presidente do Sindfrigo não crê em recuperação rápida do setor

O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso, Sindfrigo, Luiz Antônio Freitas, diz que a crise econômica mundial, que afetou principalmente o mercado dos frigoríficos no Estado, ainda vai ter repercussões no setor por um período de dois ou três anos.


“A crise está aí, está instalada. Estamos conscientes de que ela irá perdurar por pelo menos dois ou três anos. Então, temos que ser sérios. Não adianta a gente se entusiasmar e dizer que amanhã estará tudo resolvido”, diz Luiz.

Ele afirma que a necessidade é que cada frigorífico tome consciência da real situação. “A realidade principal hoje é a falta da matéria-prima, a redução na oferta boi. E isso não vai se resolver do dia para a noite”, afirma o presidente.

À frente do sindicato, Luiz Antônio diz que existem muitos grupos experientes no Estado, e que cada um vem buscando sua estratégia de atuação. Ele torce para que um entendimento com fornecedores e produtores aconteça logo.

De maneira geral, Luiz vê uma evolução em todo o processo. “Depois de um tempo, e de analisar e entender a situação, os frigoríficos conseguiram dar uma estabilizada no problema, com ajuste de custos e de estrutura. O governo também tem dado sua parcela de contribuição, de alguma maneira”.

Com frigoríficos fechando as portas, produtores com boi preso no pasto e todo o “o efeito dominó” que a crise causou na cadeia produtiva da carne, as indústrias frigoríficas que se mantiveram ativas começaram a trabalhar com redução de custos e redefinição de gestão, buscando alternativas para reconstruir uma viabilidade econômica. “Vamos trabalhando dessa maneira até chegarem dias melhores”, diz Freitas.

Apesar do cenário hoje ser um parque industrial muito maior que a oferta no segmento, o presidente do Sindfrigo diz que todos estão torcendo para que todas as indústrias de Mato Grosso voltem à normalidade. “Lógico que, quando algumas indústrias retomarem os trabalhos, vai voltar uma dificuldade maior para todos, mas é importante que retomem. Mas, todos devem estar conscientes: não tem boi para todos. Então todos têm que ajustar a estrutura dentro de um volume compatível com a realidade, e dentro disso buscar sobreviver”, orienta Luiz.

Ele também ressalta outro problema no setor, criado pelo pouco entendimento das empresas frente à nova situação. “Como o nosso custo fixo é um custo muito alto, cria-se uma degradação dentro do próprio segmento porque cada um quer fazer um volume maior para ter um custo menor, mas não existe matéria-prima para todos. E cada um cria sua política”, explica Luiz Antônio.
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