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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Situações diferentes

CNA pede ao BC que analise dívida agrícola caso a caso

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) formalizou ao Banco Central pedido de alteração da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) de número 3.499.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) formalizou ao Banco Central pedido de alteração da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) de número 3.499.


De acordo com a presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, a subjetividade do texto do documento leva as instituições financeiras a colocarem numa mesma classificação de risco todos os financiamentos obtidos pelo produtor. O ideal, de acordo com ela, é que cada empréstimo fosse analisado pelo banco individualmente.

A solicitação ocorre em um momento em que há uma disparada com tendência negativa da classificação do risco da carteira de crédito rural. Para se ter uma ideia, a taxa era de 3% em 2005 e hoje está em 21%, de acordo com levantamento da própria CNA. "Esse risco muito elevado não permite que o produtor tome recursos emprestados", disse a senadora, levando em consideração que quanto maior o risco de inadimplência maiores também são as taxas cobradas pelas instituições.

Pelos cálculos da presidente da CNA, se o problema da resolução for resolvido, com um texto que deixe claro o tratamento diferenciado dos diversos empréstimos por parte do agricultor, o risco da categoria nas instituições financeiras poderia cair em torno de 40%. "Atualmente, quando o pagamento de parcelas é prorrogado, os demais financiamentos também passam a ter um risco muito elevado, apesar de ainda não terem vencido", argumentou.

De acordo com a senadora, ficou acertado na reunião - que contou com a presença do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles do vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil, Luiz Carlos Guedes, e do diretor de agronegócios da instituição, José Carlos Vaz - que, em uma semana, o banco estatal apresentaria simulações com os cenários obtidos caso a resolução fosse mudada e a atuação das instituições financeiras também se alterasse. "E, na semana seguinte, o Banco Central estudará essa simulação e nos dará retorno", afirmou Kátia. O Banco Central e o Banco do Brasil não se pronunciaram a respeito do encontro.
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