A ACRIMAT através de sua Comissão de Crédito promove ações para viabilizar recursos com valores e prazos compatíveis com o ciclo da atividade pecuária de corte. Com a realização das feiras agropecuárias, a Associação dos Criadores de Mato Grosso, em parceria com o Banco do Brasil, buscou uma linha de investimento agropecuário, para atender o setor. “O pecuarista não tem a cultura de fazer empréstimo por não encontrar linhas que atendem o ciclo de produção da pecuária, e o papel da comissão de crédito da Acrimat é justamente buscar e divulgar novas alternativas para o setor”, disse o membro da comissão de crédito da Acrimat, Júlio Malheiros.
“O Banco do Brasil liberou uma linha de crédito com condições especiais para as propostas no mês de junho e financiará alguns empreendimentos”, disse o gerente de mercado do Banco do Brasil, Anderson Torquato Scorsafava. A linha MCR 6.2 financia a pecuária até o valor de R$ 130 mil por beneficiário com encargos préfixados de 6,75% a.a. (prazo até 5 anos) podendo este montante ser complementado com recursos com MCR 6-4 não controlado, com encargos também prefixados, situados entre 12,507% a 14,763% a.a. (prazo até 3 anos e taxa sujeita à alteração até a data da contratação); e percentual de financiamento de 80 % do orçamento.
Com prazo máximo de 03 anos, estabelecido de acordo com o cronograma de receitas previsto no orçamento, o pecuarista poderá adquirir equipamentos agropecuários novos, balanças e troncos para gado; construção, reforma ou ampliação de curral, eletrificação e telefonia rural, formação ou recuperação de pastagem. Com prazo de até 02 anos, o pecuarista também poderá fazer aquisição de animais para cria, recriação, recriação e engorda conjuntamente e engorda em confinamento. A compra de bovinos, inclusive sêmen de reprodutores de alta linhagem, embriões, congelados ou não, ou gestações, conforme a modalidade em que atue a empresa fornecedora.
Júlio Malheiros, da comissão de crédito da Acrimat, ressalta que “o pecuarista precisa de um atendimento diferenciado, tanto no que se refere aos juros e os prazos de financiamento”. Ele explica que o ciclo de produção na bovinocultura de corte necessita de prazo de no mínimo 10 anos, sendo que 12 anos seria o ideal. Uma bezerra para ser enxertada leva dois anos e meio, mais nove meses para parir e oito meses para desmamar, e o preço do bezerro não dá para pagar o financiamento, por isso o ciclo continua”. Segundo o membro da comissão de crédito da Acrimat, “essa preocupação já foi encaminhada para a Câmara da Carne em Brasília com o alerta de que a pecuária viver em turbulência constante com embargos, rastreabilidade, frigoríficos, meio ambiente e outros”.
Uma linha de crédito que atende o setor pecuário, com um prazo maior e juros menores, é o FCO - Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste. Para a aquisição de matrizes padrão PROMMEPE (Programa Mato-grossense de Melhoramento da Pecuária) e reprodutores, até 6 anos e 2 anos de carência. Os encargos financeiros do FCO são: para miniprodutores taxa efetiva de juros de 5,00% a.a.; pequenos produtores taxa efetiva de juros de 6,75% a.a.; médios produtores taxa efetiva de juros de 7,25% a.a.; e grandes produtores, suas taxa efetiva de juros de 8,50% a.a..
