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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

Notícias | Agronegócios

Deputado quer governo no combate ao caramujo africano


 O deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) sugeriu ao governo federal a realização de mutirão, com a participação dos ministérios do Meio Ambiente, da Defesa, da Saúde, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e das Cidades, dos governos estaduais e municipais, além do envolvimento de toda a sociedade, com vistas a combater o caramujo africano.

Segundo o deputado, essas espécies, além de representarem a segunda maior ameaça à biodiversidade em todo o planeta, de acordo com dados da União Internacional para a Conservação da Natureza, também podem causar sérios danos econômicos e constituir ameaças à saúde humana.

Essa espécie, denominada cientificamente Achatina fulica, teria sido introduzida no Brasil no final da década de 1980, por meio de importação ilegal do leste e nordeste africanos, uma vez que não consta registro de autorização de importação desse material do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O objetivo da importação era o consumo humano. O molusco é rico em proteínas, como opção ao escargot. No entanto, devido à dificuldade de aceitação desse tipo de alimento por parte do consumidor brasileiro, os criadores abandonaram o cultivo e libertaram os animais na natureza.

Os caramujos são animais herbívoros, vorazes e pouco exigentes para se alimentar, invadindo e destruindo hortas e pomares. Em áreas de produção agrícola em pequena escala, principalmente de banana, brócolis, batata-doce, abóbora, tomate e alface, o caramujo africano tem causado perdas econômicas expressivas, podendo ser considerado uma praga agrícola.

Hoje, o caramujo africano já está presente em praticamente todo o território nacional, sendo registrado em 439 municípios, cerca de 8% do total, 23 Estados brasileiros, da Região Amazônica, inclusive, e no Distrito Federal.

Um caramujo dessa espécie pode pôr 200 ovos por postura e se reproduzir mais de uma vez ao ano – e, ainda, à inexistência de patógenos específicos (por exemplo, bactérias, fungos e parasitas, que fazem o controle natural dessa população), encontrou aqui condições ideais para sua proliferação.
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