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Quarta-feira, 07 de agosto de 2024

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Bancada ruralista questionará Minc sobre polêmica semana que vem

O ‘polemizador geral da República’ como vem sendo chamado recentemente o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deu um "bolo" nos deputados da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara Federal em reunião marcada para hoje. Minc foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o pronunciamento feito no ‘Grito da Terra’, mês passado, em que teria qualificado produtores rurais como "vigaristas". Desde o mês passado Minc e a bancada ruralista estão trocando farpas sobre as questões ambientais.


No início da reunião, uma nota enviada à comissão pela assessoria do Ministério do Meio Ambiente foi lida pela diretoria da mesa. O documento explicava que o ministro não compareceria devido a compromissos pré-agendados, e que no próximo dia 24 estaria disposto à sabatina,  já que desmarcou todos os compromissos desse dia.

Mesmo com o ar de desconfiança dos deputados presentes, principalmente porque a nota não foi assinada pelo ministro e sim pela chefia de seu gabinete, houve consenso da maioria e, caso se repita a cena de hoje na semana que vem, o tom irá ‘engrossar’ e Minc será intimado pela comissão por meios legais, para prestar tais esclarecimentos.

Para o deputado Homero Pereira (PR) e titular da comissão a situação fica delicada. “O ministro Minc em função das declarações que fez criou uma área de conflito entre o governo e o Poder Legislativo principalmente entre os deputados representantes da agricultura aqui na Câmara. Na próxima semana se ele efetivamente vier e prestar esses esclarecimentos certamente a Casa se sentirá contemplada. Agora se ele não vier responderá as penalidades cabíveis.”

Outro assunto que tomou conta das discussões da reunião, foram os recentes embargos feitos pelas redes de mercados à compra de carne bovina vindas de fazendas ilegais do Pará, em que os donos são acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de desmatarem uma área em torno de 157 mil hectares de mata.

Para o deputado Homero Pereira, a questão é mais um equívoco da legislação ambiental brasileira. Segundo o deputado, muitas pessoas que abriram a suas áreas, foram incentivadas para isso e fizeram no período de uma legislação anterior diferente da que está em vigência e neste caso a lei retroagiu para prejudicar os produtores. “No caso de embargar não se deve embargar uma propriedade como um todo, e sim parte da propriedade onde está tendo algum tipo de dano ambiental”, analisa.

O deputado declara ainda não acreditar que o embargo seja de cunho realmente ecológico e acredita que intenção é muito mais mercadológica. “Para mim esses embargos e todo esse conflito não tem nada de ecológico ele tem muito é de econômico, porque o Brasil está ocupando cada vez mais espaço na economia mundial. Isso está cada vez mais incomodando os nossos concorrentes que financiam essas Ong’s, que vêm aqui no Brasil criar conflitos onde não tem e essa é a realidade que precisamos enfrentar urgentemente", finalizou.
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