A dívida dos frigoríficos em Mato Grosso é de R$ 120 milhões. “A situação da indústria frigorífica no estado é extremamente complicada”, disse em estado de alerta o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.  Ele informou que 40% da capacidade de abate está paralisada por conta dos pedidos de recuperação judicial, os quais teriam sido feitos pelos grupos Arantes, Margen, Independência e Quatro Marcos que, juntos, respondem por 39% da capacidade de abate no Estado. 

Conforme dados divulgados pelo Instituto mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), 15 unidades de frigoríficos enfrentam problemas de recuperação judicial e já demitiram cerca de 4,8 mil funcionários. Além disso, R$ 4,2 bilhões deixaram de girar na economia mato-grossense, uma situação que pode representar, em 2009, redução de cerca de 20% do total que o estado arrecadou em 2008 com o ICMS dos frigoríficos. 

O Superintendente ressaltou que uma das alternativas para diminuir essa situação seria o retorno do financiamento das operações de capital de giro dos frigoríficos pelo BNDES, resguardando a compra de mercadorias e o pagamento do pecuarista. 

A discussão sobre a crise da pecuária entrou na pauta de discussões da Assembléia Legislativa. Deputados e senadores pretendem ainda realizar audiências para debater o assunto juntamente com o secretário de fazenda, Éder Moraes, e ainda estender para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.