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Sábado, 27 de julho de 2024

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La Niña deverá influenciar milho safrinha do PR, MS, MT e GO

De acordo com os meteorologistas da Somar, as últimas rodadas dos modelos de previsão climática, que simulam o comportamento do Oceano Pacífico equatorial, confirmam um novo episódio de La Niña. A previsão é de um fenômeno de fraca intensidade e de curta duração, devendo entrar em processo de enfraquecimento já em meados de maio e junho de 2009.


Essa condição climática prevista para 2009 é inversa ao observado no ano passado. O ano de 2008 começou sob as condições do La Niña e em seguida (março/abril) entrou em processo de transição para uma condição de neutralidade. Já o ano de 2009 começou com uma condição de neutralidade climática e daqui para frente passa a ter as influências de um novo fenômeno La Nia.

Veja os principais impactos desse cenário climático sobre o milho safrinha no Paraná e Mato Grosso do Sul.

Segundo Paulo Etchichury, sócio-diretor da Somar Meteorologia, especialista em climatologia, as condições de umidade do solo se mostram favoráveis à implantação da lavoura. Para ele, o fato do fenômeno La Niña ser de intensidade fraca e de curta duração, diminui o risco de problemas de falta de chuva que possa comprometer a produção da lavoura de milho safrinha deste ano. Mesmo assim, entre abril e maio se pode esperar uma redução das chuvas, que em parte será compensado pelas temperaturas mais baixas e que contribui para diminuir a evapotranspiração.

Já o risco de geadas aumenta com presença do La Niña, que pode ser maior ou menor, dependendo da data do plantio. A recomendação técnica para o Paraná e Mato Grosso do Sul, estabelece o limite até 10/15 de março. "Lavouras plantadas depois desse período devem ser consideradas de alto risco", alerta Etchichury.

MATO GROSSO E GOIÁS

As condições de umidade do solo também se mostram favoráveis à implantação da lavoura. Nesses Estados, a presença do La Niña está associada com a antecipação para abril do início do período seco, mas como o fenômeno deve ser de intensidade fraca e de curta duração, o risco de problemas de falta total de chuva já em abril é menor. Mesmo assim, a partir de abril se pode esperar uma redução das chuvas, com o risco do mês de maio ser seco. "Um fato que joga a favor, e em parte pode compensar a falta de chuva, é que temperatura em anos de La Niña é mais amena, principalmente a temperatura noturna. Isso favorece muito o desenvolvimento do milho, além de diminuir a evapotranspiração durante o dia", conclui o especialista.

Quanto às geadas, não há risco iminente para essas regiões. O frio se concentra mais nos meses de inverno, principalmente para o sul de Goiás, mas que não afeta a lavoura porque ela estará na sua fase final, que já não é suscetível a geadas.
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