A Agência Nacional do Petróleo (ANP) começou, neste sábado (12), nos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, na Zona Sul do Rio, um projeto para ensinar aos moradores os cuidados na hora de comprar, manejar e utilizar o botijão de gás.

Dona Irene, que é moradora da região, esconde o botijão em um canto da cozinha para deixar o local bonito. “Isso está errado. Não pode colocar o botijão em um local que não seja bem arejado. É preciso ser bem ventilado, pois, em caso de vazamento, o gás se dispersa no ar”, explica Luiz Targino, técnico da ANP.

Em muitas comunidades pobres do Rio, o comércio de botijão de gás ainda é controlado por traficantes e milicianos. No Pavão-Pavãozinho e no Cantagalo, essa história começou a mudar com a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

“A associação de moradores nos apresentou empresários que possuem terrenos que possam se enquadrar nas exigências do Corpo de Bombeiros. Agora, além dos caminhões poderem subir nos morros, nós vamos ter revendas legalizadas dentro das comunidades”, afirmou o presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira.

Dicas de segurança foram passadas ao moradores:

- Não compre botijão amassado, danificado ou com ferrugem;

- O botijão deve ter a marca da distribuidora e não pode faltar o lacre de segurança;

- Nunca compre botijão em local clandestino.

Ainda para orientar os moradores, foi montada uma cozinha na quadra da comunidade para mostrar situações erradas de uso na cozinha, como deitar o botijão. “Com gás não se brinca. A gente precisa ter todo cuidado”, concluiu Dona Eunice, moradora da comunidade