Olhar Direto

Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Candidatos pagavam até R$ 270 mil

Os candidatos que procuravam a quadrilha que fraudava concursos públicos em todo país pagavam até R$ 270 mil para ter as respostas dos cadernos de provas. A atuação do grupo durou mais de 16 anos e foi descoberta pela Operação Tormenta da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (16) em São Paulo e no Rio de Janeiro.


O valor de R$ 270 mil (US$ 150 mil) foi pago por candidatos para a vaga de auditor da Receita Federal, carreira com um dos mais altos salários de servidores públicos no país. Para agente da Polícia Federal, os candidatos pagavam R$ 90 mil (US$ 50 mil), e para conseguir uma vaga como agente federal, R$ 50 mil. Os diplomas falsos custavam R$ 30 mil.

A quadrilha tinha acesso aos cadernos de provas antes da data de aplicação dos concursos. Até agora, 12 membros da quadrilha já foram presos, todos no Estado de São Paulo.

No total, foram expedidos 34 mandatos de busca e apreensão, sendo 21 na capital paulista, nove na Baixada Santista, três em Campinas e um no Rio de Janeiro. Doze pessoas já foram presas, todas no Estado de São Paulo. Mas a assessoria de imprensa da PF não confirmou em quais cidades.

Entenda o caso:

PF deflagra Operação Tormenta para prender fraudadores de concursos públicos
Serão cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Grande São Paulo, 1 no Rio de Janeiro, 3 na região de Campinas e os demais na baixada santista, além de 12 mandados de prisão temporária.

1 Líder da organização: responsável por corromper as pessoas que tinham acesso ao caderno de questões da prova mediante pagamento de propina. Ele revendia cópias dos cadernos aos clientes do esquema, de maneira direta ou por meio de distribuidores e aliciadores; também era responsável por organizar fraudes mediante "ponto eletrônico", quando não conseguia obter as questões antecipadamente;

2 Responsáveis pelo desvio das provas: tinham acesso ao caderno de questões, ou responsabilidade pela segurança, antes do dia do exame e desviavam-no mediante pagamento de propina;

3 Distribuidores: adquiriam as provas do líder da organização para revendê-las com lucro, seja diretamente aos "clientes", seja por meio de aliciadores;

4 Aliciadores: intimamente ligados aos distribuidores, negociavam as provas com os candidatos. Freqüentemente telefonavam a possíveis compradores, orientando-os a se inscreverem no concurso para poderem vender o caderno de questões;

5 Clientes: compravam provas de concursos e exames, tendo acesso às questões antecipadamente em detrimento dos demais candidatos e examinandos;

6 Falsificadores: responsáveis por falsificar diplomas e certificados para candidatos que não possuíam formação necessária para concorrer a determinados cargos públicos. Além disso, forneciam documentos para um candidato fazer a prova no lugar do outro;

7 Professores: responsáveis pela correção das questões da prova que seriam
entregues aos candidatos e, no caso da OAB, pelas aulas dadas em cursinhos para os candidatos, com base no teor das questões da prova desviada.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet