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Domingo, 21 de julho de 2024

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Delegado do caso Bruno considera não encontrar restos mortais de Eliza

O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), ressaltou, durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, que há a possibilidade de não haver restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno. Segundo o delegado, se houver ainda alguma ossada, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pode guiar a polícia para indicar a localização:


- Se ele for cooperar com a gente, com certeza (ele será levado). Se é que ainda há restos mortais porque há várias maneiras de dar sumiço com o corpo.

Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Bola foram levados na manhã desta sexta-feira do presídio onde estavam para o Departamento de Investigações de Lagoinhas, no Noroeste de Belo Horizonte, para fazerem exames de DNA. O resultado seria usado para comparar com o sangue encontrado no carro do goleiro. Porém, instruídos pelos advogados, os investigados pelo desaparecimento de Eliza Samudio se recusaram a ceder material.

Moreira entende a recusa como forma de atrasar as investigações:

- Nós íamos pedir o exame de DNA para saber do sangue do carro, mas os advogados invadiram e mandaram eles não cederem o material. Ninguém é obrigado a fornecer provas contra si mesmo e eles estão orientando eles a não ceder o material. Isso só vai retardar. Nós ainda podemos prorrogar a prisão deles por mais 30 dias. A paciência é uma virtude - comentou o delegado.

Os veículos envolvidos no caso estão passando por perícia, segundo Moreira. O laptop da jovem também será periciado.

- Parece que há fotos e mensagens de MSN... O que tiver de conteúdo útil para a investigação será extraído e anexado ao laudo - disse Moreira.

O delegado disse que não vai interrogar Bola nesta sexta-feira:

- Pelo assédio que está tendo, não sei se ele (o Bola) vai cooperar. Devido ao tumulto de ontem (quinta-feira), decidimos não conversar com ele agora. Temos 30 dias para essa conversação, isso se a prisão dele não for prorrogada por mais trinta dias.

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos ingressou na Polícia em março e 1991 e saiu em maio de 1992. Segundo Moreira, um decreto informa que ele foi dispensado da coorporação por indisciplina e falta de idoneidade moral.

- Tudo indica que tem um inquérito sendo investigado pela Corregedoria Geral de Polícia - disse.

O delegado chamou de foragidos Flávio Caetano, Elenilson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza, que ainda não foram presos:

- A Justiça determinou que eles fossem recolhidos, então são foragidos. Eu não vou ficar discutindo lei, jurisprudência, doutrina com quem quer que seja. A minha função é investigar.

Moreira deu as boas vindas a Bruno, quando o jogador chegou a Minas Gerais nesta quinta-feira. Para ele, as motivações do crime foram o fato de o goleiro não querer reconhecer a paternidade do bebê e vingança, pela queixa que Eliza fez na delegacia de mulheres.
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