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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Brasil

"Nos tiraram as artérias", diz líder do sindicato de cargas

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) apela para a anatomia para criticar a nova restrição aos caminhões. Questionado sobre como a medida prejudica o negócio, Manoel Sousa Lima Júnior diz que os caminhões foram tratados "como vilões" do trânsito pela prefeitura de São Paulo e banidos das mais importantes vias da capital paulista. "Nos tiraram as artérias", disse.


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), anunciou na manhã desta quarta-feira a substituição do rodízio de veículos urbanos de carga com até 6 m de comprimento (VUCs) por restrição total a caminhões na capital paulista. Veículos de carga serão proibidos de segunda a sexta-feira das 5h às 21h na Marginal Pinheiros, entre as pontes Jaguaré e Morumbi, e nas avenidas Bandeirantes e Roberto Marinho a partir de segunda. O total de vias restritas chega a quase 40 km.

"É como se tivessem nos tirado as veias mais importantes do corpo humano. O caminhão é visto como a gordura que entope as artérias, mas nós somos o oxigênio", diz Lima Júnior.

O Setcesp afirma que a restrição é grave porque impossibilita a entrega de mercadorias no comércio e indústria das avenidas interditadas para o transporte de carga "Não é todo tipo de entrega que se pode fazer com uma Fiorino (camionete da Fiat)", diz.

Para o dirigente, o setor está arcando com todo o prejuízo da restrição. "Se é para nos restringir o horário diurno, deveria também obrigar o comércio a abrir de noite para receber carga, o que não acontece", diz.

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