O balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aponta que foram registrados atrasos em 18,8% dos voos domésticos programados até as 15h desta terça-feira (3) nos principais aeroportos do país. Às 13h, o índice era de 22,2%.

Dos 1.364 voos domésticos previstos até as 15h, 257 atrasaram mais de meia hora (18,8%) e 57 foram cancelados (4,2%). Entre os 89 voos internacionais, 15 atrasaram (16,9%) e um foi cancelado (2,2%).

Dos 490 voos da companhia aérea Gol, 178 sofreram atrasos (36,3%) e 40 foram cancelados (8,2%).

Em Brasília, dos 103 voos programados até as 15h, 21 atrasaram (20,4%) e um foi cancelado (1%).

No Rio de Janeiro, no Aeroporto do Galeão, entre os 70 voos, 19 atrasaram (27,1%) e cinco foram cancelados (7,1%). No Santos Dumont, foram 15 atrasos (15,5%) e 11 cancelados (11,3%), dentro do total de 97 voos agendados.

Em São Paulo, no Aeroporto de Congonhas, dos 137 voos, 19 atrasaram (13,9%) e 15 foram cancelados (10,9%). Em Guarulhos, na Região Metropolitana, entre os 118 voos, 23 sofreram atrasos (19,5%) e três, cancelados (2,5%).

Atrasos
Na segunda-feira (2), passageiros enfrentaram transtornos em vários terminais do país. De acordo com a Infraero, os problemas começaram com atrasos de voos da companhia aérea Gol.

Em nota divulgada na segunda, a Gol informou que os atrasos foram reflexos do intenso tráfego aéreo na sexta-feira (30), quando a empresa teve de transferir algumas partidas programadas do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, para o Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.

A assessoria da Gol disse ainda que, na sexta, as tripulações atingiram o limite de horas de trabalho e não puderam seguir viagem. E, além disso, houve aumento no movimento por causa do fim das férias escolares.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado à Força Aérea Brasileira, disse, por meio de nota,que os atrasos "não têm origem no controle do tráfego aéreo".

Queixas
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que sua ouvidoria analisa uma reclamação do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) com 520 denúncias trabalhistas, a maioria por descumprimento de escalas de voo. A agência diz que recebeu o documento há duas semanas, em 15 de julho.