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Domingo, 21 de julho de 2024

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Delegado diz que militar teria ordenado morte de jovem em ônibus

O delegado Átila Lafere, da 56ª DP (Comendador Soares), informou no final da tarde desta quinta-feira (19) que um militar do Exército teria sido o mandante da morte do estudante Michael Jackson Ribeiro Martinez, de 16 anos. O jovem foi morto dentro de um ônibus, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no dia 7 de agosto. Segundo o delegado, o militar foi reconhecido por colegas de uma unidade do Exército pelas imagens do celular.


De acordo com o delegado, o militar teria ligado para um irmão, que não estava no ônibus, para executar o jovem. Os dois estão com prisão preventiva de 30 dias decretada. Segundo o delegado, o militar já está detido na unidade do Exército e será levado para a 56ª DP. O irmão dele ainda é procurado pela polícia.

O G1 está tentando contato com o Exército, mas até o momento ninguém atendeu as ligações nem respondeu o email enviado à assessoria da unidade.

O crime
De acordo com o boletim de ocorrência, Michael correu com a namorada para pegar o ônibus e ao entrar esbarrou em uma mulher que estava com um bebê. Ela reclamou e um passageiro que viu a cena começou a xingar o adolescente. Após discutirem, o passageiro fez uma ligação. Alguns pontos à frente, um homem subiu no ônibus e atirou no estudante à queima-roupa.

Enterro
O jovem foi enterrado no dia 9, no Cemitério de Inhaúma, no subúrbio. Cerca de 80 pessoas acompanharam a cerimônia, que foi marcada por emoção e revolta. Durante o velório, a mãe da namorada de Michael, que preferiu não se identificar, revelou que a filha e uma amiga sofreram ameaças de morte.

Desabafo no Dia dos Pais
No domingo, Dia dos Pais, o pai de Michael fez um desabafo: “Ele tava indo para casa para embrulhar, o presente que ia me dar hoje (domingo), e não me deu pela mão dele... Primeiro trabalho e ele comprou um presente para mim com o dinheiro dele. Eu não merecia isso, não num dia desses. As pessoas são muito ruins. Tem pessoas que não têm coração. Por causa de bobeira eu perdi meu filho. Meu filho pediu desculpas e os ignorantes não aceitaram”, lamentou o pai, que também não quis se identificar.

No dia do crime, Michael voltava do seu primeiro emprego. Ele entregava panfletos de uma loja aos sábados, porque não tinha aula nesse dia.
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