De 1 a 7 de setembro, durante a Semana da Pátria, será realizado em todo o país o plebiscito popular pelo limite da terra.
As urnas serão colocadas em praças públicas, escolas e outros espaços de grande circulação de pessoas.
Em MT, haverá urnas na capital e interior.
A abertura do plebiscito será dia 1 de setembro, uma quarta-feira, na praça Ipiranga, Centro de Cuiabá, as 7 horas, com a distribuição de cerca de mil pães com chá.
E o fechamento será dia 7, às 19 horas, com a celebração do Grito dos Excluídos, na Igreja do Rosário.
Com o plebiscito, os brasileiros e brasileiras vão dizer, marcando sim ou não nas cédulas, se querem estabelecer, por lei, um limite para as propriedades rurais.
O resultado do plebiscito será encaminhado ao Congresso Nacional, em prol de uma PEC que inclua no artigo 186 da Constituição Federal, que trata sobre a terra, o quinto item, estabelecendo justamente o limite para as propriedades rurais.
A concentração de terras no Brasil remonta às capitanias hereditárias, quando o país foi dividido em 15 imensas sesmarias. Desde então, a terra está concentrada nas mãos de poucos. Isso cria uma série de problemas sociais, entre eles a fome, já que as monoculturas, como da soja, por exemplo, plantadas nas grandes propriedades, são focadas no lucro e não na soberania alimentar. É agricultura familiar que tem como foco colocar comida de qualidade e barata na mesa das famílias.
Outros plebiscitos – não muitos – foram realizados no Brasil, como o que tratou sobre a Dívida, a ALCA e a Privatização da Vale do Rio Doce.
O plebiscito do limite da terra está sendo organizado pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, que articula diversos movimentos sociais.
O Fórum Estadual já foi constituído em Mato Grosso e é coordenado pelo Centro Burnier Fé e Justiça.