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Domingo, 21 de julho de 2024

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Gerente de banco sequestrado deve receber indenização de R$ 500 mil

O Banco do Brasil foi condenado a pagar indenização por danos morais ao gerente de uma agência em Itabuna (BA) que foi sequestrado depois de deixar o trabalho. Segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a vítima deve receber R$ 500 mil. Cabe recurso.


O crime ocorreu em fevereiro de 2000. Segundo nota divulgada pelo TST, o gerente foi mantido em cárcere privado junto com a irmã e a sobrinha, que tinha, na época, 5 anos. No dia seguinte, ele teve de ir até a agência e retirar dinheiro do cofre. Os criminosos teriam dito ainda que estavam monitorando os pais do funcionário do banco.

Após o sequestro, o gerente teria sofrido sintomas como depressão, descontrole, instabilidade e insegurança.

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Índios no Pará ganham direito a indenização por devastação em sua terra Homem que diz ter sido assediado pela chefe relata crises de pânico O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia já havia fixado a quantia, mas o banco recorreu. A Quarta Turma do TST manteve o valor. De acordo com a decisão do TRT da 5ª Região (BA), o sequestro poderia ter sido evitado se o banco houvesse implantado "normas eficazes de segurança". A sentença diz ainda que essas medidas deveriam ter sido tomadas "principalmente em relação aos empregados que possuem as chaves e que têm conhecimento do segredo dos cofres, alvos preferenciais dos criminosos".

Ainda segundo o TST, no processo, o gerente reclamou que teve de responder a um interrogatório durante um inquérito administrativo aberto para investigar o crime e depois assumiu a função de caixa, "sem possuir, contudo, condições físicas e psicológicas para tanto".

O banco ainda foi condenado a pagar indenização por danos materiais, que devem cobrir as despesas com médicos e hospitais, além da diferença do salário de gerente e o valor da aposentadoria por invalidez, que foi pedida por causa de traumas físicos e psíquicos.

Na defesa, o Banco do Brasil alegou que a segurança pública é de responsabilidade do Estado e questionou a obrigação de tomar medidas semelhantes em relação aos empregados. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da instituição para saber informações sobre o processo, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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