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Domingo, 21 de julho de 2024

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Embaixada da Irlanda apura se brasileira foi vítima de maus-tratos

Após as denúncias da jovem Thais da Silva Guimarães, que contou ter sido agredida no departamento de imigração da Irlanda, a embaixada do país no Brasil informou, por meio de nota oficial na tarde desta segunda-feira (20), que as "declarações foram levadas ao conhecimento das autoridades irlandesas e foi solicitado que o assunto seja tratado com a máxima urgência possível".


A jovem de 23 anos, moradora de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, disse que ela e sua mãe foram presas e maltratadas pelos agentes irlandeses que as impediram de entrar no país, após descobrirem que ela estava grávida. O caso aconteceu no dia 14 de setembro e elas só conseguiram retornar ao Brasil na última sexta-feira (17).

Thais explicou que foi à Irlanda para estudar inglês por três meses. Segundo a jovem, ela mostrou aos agentes da imigração o comprovante de pagamento do curso, a passagem de volta e o dinheiro para gastar no país durante sua estadia.

No entanto, os policiais da barreira de imigração resolveram ligar para a família irlandesa que iria acolher a jovem e descobriram que Thais estava grávida.

"Ele foi e ligou pra pessoa aonde eu ficaria e ela falou que eu estava grávida e que ela achava esquisito o fato de a minha mãe estar me acompanhando porque ela nunca recebeu ninguém assim", disse a jovem.

Maus-tratos em carceragem
Thais argumentou que sua mãe iria ficar apenas alguns dias no país para lhe dar assistência, já que está grávida. Ela disse ainda que só descobriu a gravidez após pagar pelo curso.

A jovem e a mãe contaram que passaram a noite detidas, em delegacias diferentes. As duas ficaram sem comer por mais de 12 horas. Um médico chamado para atender Thais ainda ofereceu um remédio contraindicado para gestantes. “O médico tentou me dar dois Diazepam ao mesmo tempo, e mais dois outros remédios, que eram, segundo ele, pra eu me acalmar”, contou Thais.

No dia seguinte, de volta ao aeroporto, Thais pediu para telefonar para o consulado, mas conta que sofreu agressões. “A mulher me puxando pelos cabelos e outros dois caras me pegando pelo braço pra até me jogar dentro do camburão”, recorda ela.

Durante quatro dias, a família de Thais no Brasil ficou sem saber o que estava acontecendo. Ao chegar no Rio, a estudante procurou a Polícia Federal e a Polícia Civil e fez exame de corpo de delito para comprovar que foi agredida.

" O jeito que eles trataram a gente desde o momento em que nós chegamos a Irlanda...É como se nós fossemos bandidas mesmo. Como se a gente tivesse...como se a gente oferecesse um grande risco para as pessoas ao nosso redor", disse Thais.
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