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Domingo, 21 de julho de 2024

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Perícia encontra falhas estruturais na arquibancada que caiu no PR

Peritos do Instituto de Criminalística de Cascavel (PR) que estiveram nesta segunda-feira (20) avaliando a arquibancada que cedeu e feriu 128 pessoas neste domingo (19), em Quatro Pontes (PR), identificaram falhas tanto estruturais quanto de instalação da estrutura. Segundo informações da perícia, foram encontradas peças de baixa qualidade e instalação malfeita no local.


A avaliação dos dois peritos começou na manhã desta segunda-feira e foi concluída à tarde. De acordo com o perito Alex Tavares, o equipamento estava inadequado. “A gente encontrou a tubulação metálica com partes enferrujadas, encaixes que deveriam ser perfeitos amarrados com arame e calços de madeira”, disse. A expectativa do perito é que o laudo fique pronto em 15 dias ou menos.

De acordo com um levantamento do Corpo de Bombeiros de Quatro Pontes, a queda da arquibancada deixou 128 pessoas feridas. Deste total, 22 casos foram mais graves e o restante, lesões leves. Nos quatro hospitais que prestaram atendimento nos municípios vizinhos de Marechal Cândido Rondon (PR) e Toledo (PR), no fim da tarde desta segunda ainda havia nove pessoas internadas, a maioria com fraturas. A exceção é uma gestante que sofreu um sangramento e está em observação.

Responsabilidade

O comandante dos bombeiros, capitão Araújo, afirma que a organização do evento não solicitou que a corporação fizesse a vistoria do local. “Isto não foi feito e temos uma lei estadual que determina que o organizador solicite previamente a vistoria ao Corpo de Bombeiros. Estou no comando aqui há dois anos e no ano passado também não foi solicitado”, disse, referindo-se à edição de 2009 do mesmo evento.

A Prefeitura de Quatro Pontes abriu um inquérito administrativo para apurar os culpados e diz que o responsável pela arquibancada é a empresa que venceu licitação para o evento. Entretanto, o representante da empresa Pirâmides Quatro Pontes, Paulo Dewes, alega que a montagem da arquibancada foi terceirizada para outra firma do município de Marechal Cândido Rondon. “Não é responsabilidade minha. A Associação Comercial que é responsável”, afirma. O representante da Associação Comercial e presidente da Arejok, principal organizador da corrida, Ermínio Dassoler, disse que coordenou as tarefas desempenhadas pelos quatro parceiros, mas a estrutura “foi licitada pela prefeitura”.

O inquérito policial está a cargo da delegacia de Marechal Cândido Rondon.
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