Vinte e oito detentos iniciaram uma rebelião por volta das 22h30 de domingo (19) que só teve fim às 4h da manhã desta segunda-feira (21), na delegacia de Carolina (MA). Segundo a polícia, uma briga entre detentos desencadeou a rebelião. Três presos foram feitos reféns.

De acordo com o comandante da Polícia Militar, Hailton Nascimento, que participou das negociações, após uma briga, os detentos começaram a quebrar cadeados e portões das celas com armas artesanais. O carcereiro, que fazia o plantão sozinho, foi quem acionou a polícia militar.

“Os presos ainda incendiaram garrafas plásticas e colchões e redes que utilizavam para dormir. O fogo atingiu algumas partes das celas que ainda tiveram paredes quebradas para tentativa de fuga. Então isolamos o local para que não fugissem”, disse o comandante. O fogo, segundo ele, foi apagado pelos próprios policiais.

A polícia tentou uma negociação já que três presos estavam sendo feitos reféns e sofriam agressão física. Mas os rebelados só aceitavam falar com um juiz. A PM pediu apoio ao Grupo de Operações Especiais (GOE), que utilizou gás lacrimogêneo e balas de borracha para controlar a situação e conseguir resgatar os reféns.

Depois de mais de cinco horas de tentativa de negociação, os policias conseguiram acabar com a rebelião no início da manhã desta segunda (20). Os três reféns foram encaminhados com ferimentos para o hospital municipal de Carolina. Um preso atingido por uma bala de borracha também foi levado para o hospital. Seis detentos teriam sido os responsáveis pela rebelião.

A polícia fez recontagem dos presos. Ninguém fugiu. O comandante afirma que um juiz e o Ministério Público foram acionados na segunda feira (20). Os detentos continuam presos no local. A polícia aguarda uma decisão judicial de transferência dos presos da delegacia, que ficou parcialmente destruída.