A Polícia Civil informou no fim da manhã desta quinta-feira (23), que 12 suspeitos foram presos durante a operação de combate à milícia, nas zonas Norte e Oeste do Rio. Entre os presos, estão cinco policiais militares.

A PM informou que irá divulgar nota ao término da operação.

Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) saíram para cumprir 40 mandados de prisão, sendo que 13 deles são contra PMs. Segundo a polícia, a milícia atua nos morros do Dezoito, do Saçu, da Caixa D'Água, da Favelinha, da Fazendinha, do Pau Ferro, da Granja, Beco, do Fubá e do Cabo, no Conjunto de Água Santa.

De acordo com o delegado Claudio Ferraz, titular da Draco-IE, a milícia cobrava por segurança, TV a cabo e gás. “Era um grupo bastante atuante naquela região do Complexo de Água Santa. A milícia cobrava dos moradores para manter a segurança do local. Durante a operação conseguimos localizar uma central clandestina de TV a cabo e um depósito de gás”, afirmou.

Dois policiais militares foram presos em casa, outros dois foram presos durante o expediente nos quartéis de Cabo Frio e de Duque de Caxias. Um quinto suspeito se entregou na sede da Draco, no fim da manhã.

Cerca de 200 policiais estão divididos em 45 equipes
Cerca de 200 policiais civis, com o apoio de policiais militares e de um carro blindado da PM, estão divididos em 45 equipes. Os agentes também têm a missão de cumprir 66 mandados de busca e apreensão, sendo que 27 deles em endereços de policiais militares.

Já foram apreendidos três fuzis, uma metralhadora e, pelo menos, cinco pistolas. De acordo com a Draco-IE, ainda serão feitas buscas por locais de desmanche de veículos e de desova de cadáveres. A nota da delegacia classifica essa mílicia como uma "organização criminal extremamente violenta".

De acordo com o delegado Cláudio Ferraz, agentes de várias outras delegacias especializadas, incluindo também algumas delegacias de bairro, participam da operação. A operação ainda não tem previsão para acabar.