São mais de 70 dias sem chuva e o Pantanal agoniza com a seca. Nas propriedades rurais, açudes e baías estão completamente secos, e a vegetação rasteira mais parece palha.

Em uma propriedade que fica a cerca de 15 km de Corumbá, parte do gado precisou ser levada para outra área, porque nem o sistema de rotatividade em piquetes tem dado conta de alimentar as 350 cabeças.

Em um assentamento rural, mais de cem animais já morreram. É que a única fonte de água para o gado secou, e os produtores não têm mais o que dar de beber e comer ao rebanho.

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Ranking do G1 mostra cidades com mais tempo sem chuvas no Brasil Mais de cem cabeças de gado morrem em incêndio no Maranhão Incêndio se aproxima de hotel no Pantanal O jeito é investir em alimentação complementar, como o sal proteinado, segundo o veterinário e produtor rural Carlos Leite Júnior. Mas a alternativa encarece a produção. “Esse sal proteinado é para ser utilizado em um período de 60 dias, só que, como a estiagem já está prolongada, isso encarece também o custo da arroba produzida aqui”, diz ele.

Queimadas
E não é só o gasto com o complemento para o gado que causa prejuízos aos produtores rurais neste período de seca. As queimadas são as que trazem mais preocupação. Em algumas propriedades, até as instalações foram queimadas. Além do curral, das cercas, duas casas de peões também foram destruídas. Agora, é esperar a chuva limpar a área e plantar pasto novamente.