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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Ernesto Paglia fala sobre sua experiência no JN no Ar

Ele conversou, ao vivo, na bancada do Jornal Nacional com os apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes, e contou curiosidades das viagens pelo Brasil.

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Fátima: O que acontecia a partir do momento que a gente dizia para você a cidade para onde você e toda a equipe tinham que se deslocar?

Paglia: Começava a corrida contra o relógio. Primeiro, que a gente tinha o nosso, o verdadeiro comandante, o comandante Kede, precisava aprovar o plano de voo. Não se decola com o avião sem ter um plano de voo estabelecido, aprovado pelas autoridades. Então, isso leva, mais ou menos, meia hora, 40 minutos. Isso foi feito com muita agilidade, com ajuda, inclusive, das autoridades aeroportuárias, que compreenderam a nossa missão. E aí, nesse meio tempo, a gente tinha ali poucos minutos para conseguir receber o material que já tinha sido elaborado pela equipe de terra do JN no Ar. Era uma equipe que estava desde o ano passado levantando mais de 400 cidades.

Bonner: Naturalmente, ao chegarem, vocês ainda dormiam para começar o trabalho cedinho na manhã seguinte.

Paglia: Exatamente.

Bonner: Eu estive com você em Macapá, onde o projeto começou, e tivemos aquela receptividade de show. Meus filhos disseram que parecia um show de música. Mas, ao longo da evolução do projeto, você deve ter experimentado coisas do arco da velha, não é?

Paglia: Primeiro que havia uma certa frustração, que eles esperavam ver você lá também. Mas fora isso, a expectativa foi crescendo, a gente foi notando a ansiedade das pessoas. Elas viram no JN no Ar um canal através do qual poderiam se expressar, pra falar das coisas boas, dos desafios da suas cidades, das suas comunidades. As pessoas estavam ansiosas por falar conosco e nos perseguiram, em várias situações, havia um assédio, do bem.

Fátima: Iam mesmo ali para encontrá-lo.

Paglia: Eu sobrevoei uma cidade que, quando a gente olhou, na beira da pista, que era só uma pista de asfalto, tinham 18 carros estacionados nos esperando. Então a gente falou: “Meu Deus, como a gente vai trabalhar agora?”. E, de fato, muitas dessas pessoas queriam nos seguir durante o dia.

Fátima: E sem ser indelicado, ter que fazer tudo na hora e ter que dar atenção.

Paglia: Exatamente. Em algumas situações, como nós tínhamos duas equipes correndo paralelas, uma comandada pela Adriana Caban, nossa superprodutora, a gente podia, eventualmente, deixar a Adriana nas situações urbanas, em que ela sofreria um pouco mais de assédio. Mas quando as pessoas chegavam e não me viam, ficavam um pouco mais tranquilas. Enquanto isso, eu ia para o canavial, para a fábrica, para a escola, a lugares pontuais. Não ficava na rua, muitas vezes, evitando talvez esse assédio, que às vezes, tinha uma conotação eleitoral também. Tinha gente que estava ali querendo defender o seu candidato, e não era o nosso papel.

Bonner: Paglia, eu não me lembro, na história da televisão brasileira, eu não consigo me lembrar de um repórter que tenha comido tanto diante das câmeras ao longo dos dias. Pergunto: você não parece ter engordado nada.

Paglia: É, eu engordei um pouquinho, enfim. Também não dá tempo de fazer exercício, é só correria atrás da notícia. Mas foi muito divertido, muito interessante.

Fátima: Que prato, assim, você destacaria que você não conhecia e que de repente te surpreendeu?

Paglia: Olha, eu gostei muito de um ensopado feito com o músculo da perna do boi, que é uma carne de terceira, como disse o cidadão, lá no Tocantins. Eu já estou fazendo umas misturas aqui, hein? É uma influência maranhense e aquele prato, cujo nome me escapa agora.

Fátima: Eu lembro porque eu não conhecia também esse prato e eu fui ver o que que era!

Paglia: E é muito gostoso.

Fátima: Parecia tambaril o nome.

Paglia: Chambarí, pronto, lembrei!

Fátima: Eu pensei que era um peixe, aí pensei em tambaril. Mas não era tambaril, era chambarí, uma carne da perna.

Paglia: Tinha uma bebida feita pelos índios no interior do Acre. Eles fazem uma mistura a partir da mandioca. Eles fermentam a mandioca. E é, de fato, um paladar adquirido. Eu não tive tempo para começar a gostar. Quem sabe uma próxima vez?
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