Depois do incêndio que ocorreu na manhã de ontem (14) no subsolo do Hospital Estadual Pedro II, referência em Santa Cruz, zona oeste da capital fluminense, o governo do Rio de Janeiro montou, ao lado, uma unidade de campanha para atender as emergências. Na manhã de hoje (15), pacientes continuavam sendo transferidos para outras unidades da região. Das 273 pessoas internadas, 30 estavam na unidade de campanha passando por uma avaliação. O Pedro II ficará fechado por tempo indeterminado.

Pela manhã, o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, reuniu-se com diretores dos hospitais estaduais Rocha Faria, em Campo Grande, e Albert Schweitzer, em Realengo, ambos na zona oeste da cidade, para acertar a logística do atendimento aos pacientes do Pedro II e diminuir os impactos de uma possível superlotação.

No hospital de campanha, as gestantes em trabalho de parto têm prioridade. No Pedro II, são realizados em média 500 partos por mês. Depois de avaliadas, elas são encaminhadas de ambulância para outros hospitais, mas, se houver necessidade, o parto será feito no local.

Por causa do incêndio, o hospital está sem luz e água. “Durante o atendimento [retirada dos pacientes] não tivemos nenhum óbito. Estou aguardando os engenheiros da Empresa de Obras Públicas [Emop] para que nós possamos fazer a análise das necessidades de intervenções estruturais da parte elétrica e da hidráulica que foram comprometidas na unidade”, afirmou Côrtes após visitar o hospital.

O Instituto de Criminalística Carlos Éboli fez perícia no local do incêndio e o laudo ainda não foi divulgado. O secretário disse que durante o incêndio uma funcionária se feriu ao se jogar do segundo andar.

Ele ainda destacou que há projetos para o hospital, como transformar a unidade em um centro de politraumatizados para atender à demanda provocada por acidentes de trânsito na Avenida Brasil e na BR-101 Sul, a Rio-Santos, que ficam próximas à unidade e têm grande circulação de veículos