Polícia Civil em Boituva, no interior de São Paulo, irá instaurar um inquérito neste sábado (30) para apurar as causas das quedas de dois balões que deixaram três pessoas mortas e outras 16 feridas nesta manhã na cidade. Todas estavam fazendo um passeio. Entre os mortos estão um piloto e dois passageiros.
Uma rajada de vento pode ter derrubado dois balões, segundo um piloto que fez um pouso de emergência com o terceiro balão. O delegado responsável pelas investigações, Silvan Renosto, já pediu a perícia dos aparelhos de voo.
“Vamos apurar as causas do acidente. Se foi falha humana, ou evento da natureza. Já chamei a perícia. Um representante da Confederação Brasileira de Balonismo acompanhou tudo. Ouvimos quatro pessoas. Ainda não terminei a elaboração do boletim de ocorrência”, disse o delegado ao G1.
Segundo o delegado, um dos dois balões tinha nove pessoas no cesto, incluindo o piloto. O outro tinha dez, também com o piloto. “Vamos saber quantas pessoas podem viajar em cada cesto, limite de peso. A investigação só está começando”, disse.
De acordo com o secretário da Segurança Pública de Boituva, Cássio Werneck, três balões decolaram por volta das 8h20 quando sofreram uma rajada forte de vento, que provocou a queda de dois deles. Um deles conseguiu fazer um pouso de emergência.
Balão é retirado após queda (Foto: Marcelo
Mora/G1)Segundo o secretário, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de Boituva ajudaram no resgate das vítimas, que foram encaminhadas para o Hospital São Luiz, no município. Duas delas foram feridas, atendidas e liberadas. Ambas prestaram esclarecimentos na delegacia.
Entre os outros feridos, o caso que mais merece cuidado é o de uma jornalista. “O estado dela é grave e, por isso, ela teve de ser transferida”, disse Werneck. Segundo ele, a mulher já passou por duas transferências: de Boituva para o hospital Sanatorinhos, em Itu, e depois para outro hospital na capital paulista.
Três pessoas de uma mesma família foram transferidas para o Hospital Samaritano em Sorocaba, onde foram internadas. Uma delas é uma criança.
Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Edson Romagnoli, que tem 53 anos (20 dedicados ao balonismo), ainda não é possível "avaliar as causas". "Provavelmente foi alguma intempérie, alguma mudança climática", afirma. "Foi uma fatalidade, com certeza."
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Boituva chegou a divulgar o nome dos mortos no acidente, mas voltou atrás no início da noite. Afirmou que, em razão da dificuldade de identificação das vítimas junto aos hospitais, os nomes não estavam confirmados.