Os corpos de duas vítimas de um acidente envolvendo balões em Boituva, a 121 km de São Paulo, foram liberados no final da manhã deste domingo (31) do Instituto Médico-Legal (IML) de Itapetininga, também no interior de São Paulo. O acidente aconteceu no sábado (30) e deixou três mortos – um piloto e dois passageiros - e 16 feridos.

Segundo a Prefeitura de Boituva informou na tarde deste domingo, as famílias de Daniela Gonçalves Ciarallo e Franklin Ciarallo da Luz já estavam providenciando o transporte dos corpos para Barueri, na Grande São Paulo, onde moravam. Ambos tinham 31 anos. O corpo do piloto Antônio Carlos Giusti, 56 anos, já havia sido liberado do IML de Itapetininga mais cedo neste domingo.

A prefeitura não tem informações sobre o estado de saúde dos feridos no acidente. Das 16, sete já havia recebido alta até as 8h deste domingo.

Entre os feridos, o caso mais grave é o de uma mulher que teve várias fraturas pelo corpo, entre elas traumatismo craniano. Ela foi levada para dois hospitais no interior antes de ser tranferida para a capital paulista.

Uma rajada de vento pode ter derrubado dois balões, segundo um piloto que fez um pouso de emergência com o terceiro balão. O delegado responsável pelas investigações, Silvan Renosto, já pediu a perícia dos aparelhos de voo.

“Vamos apurar as causas do acidente. Se foi falha humana, ou evento da natureza”, disse o delegado ao G1.

De acordo com o secretário da Segurança Pública de Boituva, Cássio Werneck, três balões decolaram por volta das 8h20 quando sofreram uma rajada forte de vento, que provocou a queda de dois deles. Um deles conseguiu fazer um pouso de emergência.

Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Edson Romagnoli, que tem 53 anos (20 dedicados ao balonismo), ainda não é possível "avaliar as causas". "Provavelmente foi alguma intempérie, alguma mudança climática", afirma. "Foi uma fatalidade, com certeza."