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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Rotatividade no trabalho é de 36%, segundo o Dieese

A taxa média de rotatividade no trabalho no Brasil é de 36%, excluindo as demissões por transferências, aposentadorias, falecimentos e demissões voluntárias. Isso significa dizer que mais de um terço dos contratos de trabalho são de pessoas que trocaram de emprego no ano passado. Os números são relativos a uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e estudos Socioeconômicos (Dieese) que analisou a rotatividade entre 2007 e 2009.


A maior troca de emprego foi no setor da construção civil com 86,2%, em seguida vem a agricultura com 74,4% e o comércio com 41,6%.

Grande parte dos rompimentos de contratos de trabalho (79%) são de pessoas com menos de dois anos em um mesmo emprego, e dois terços dos contratos são de trabalhadores que ficaram menos de um ano no mesmo emprego.

Em 2009, a maior parte dos desligamentos foram por iniciativa do empregador, 52,1%; e as demissões por iniciativa do empregado somaram 19,4%. Já as demissões por término do contrato de trabalho foram de 19,2%.

Segundo o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, essa concentração ocorre em setores específicos. “São contratos temporários – agricultura e construção civil são específicos por empreitada, por safra, o comércio por datas. Portanto, a flexibilização da legislação já existe e esses números provam isso”.

Lupi afirmou que essa rotatividade não é boa nem para o trabalhador nem para os empresários."Tem que ter um diálogo maior com a sociedade organizada, com as entidades representativas dos trabalhadores e dos patrões para mostrar que isso não é bom para ninguém, não é boa essa rotatividade”.

O ministro disse ainda que esse estudo será levado para o Conselho de Relações do Trabalho onde serão debatidos mecanismos para reduzir a rotatividade.
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