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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Cancelamentos e atrasos de voos geram transtornos em Congonhas

Passageiros pegos de surpresa com cancelamentos de voos de última hora. Atrasos nas decolagens. Aviões com capacidade de carga acima do limite estabelecido e, por isso, obrigados a serem esvaziados para prosseguirem viagem, gerando mais atrasos. Malas extraviadas. Não se pode falar em caos aéreo, como o que se seguiu ao acidente do voo da Tam em julho de 2007, mas vários passageiros que passaram pelo Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, nesta segunda-feira (3), o primeiro dia útil de 2001, relataram ao G1 os problemas enfrentados para conseguir viajar de avião.


Inconformados, vários deles se dirigiram ao Juizado Especial Federal instalado no terminal para prestar queixas pelos mais variados motivos. E grande parte delas tinha como alvo de reclamação uma única empresa aérea, a Tam. O mau tempo que atinge boa parte do país tem gerado atrasos e cancelamentos e atrasos em diversos aeroportos nas diferentes regiões. Em Congonhas, até as 17h30, 18 voos tinham sido cancelados; enquanto outros 77 sofreram atrasos em suas decolagens, segundo a Infraero.

No início da tarde, o G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Tam para que comentasse sobre os problemas ocorridos em seus voos, mas até as 17h30 a empresa não havia se manifestado sobre o assunto.

Foi justamente um cancelamento sem aviso prévio que levou a estudante Kelly Cavalin, de 21 anos, a se dirigir ao Juizado Especial Federal para prestar queixa. O voo, para Curitiba, no Paraná, estava previsto para deixar São Paulo, onde veio passar as festas de fim de ano com amigas, às 17h37.

“Fui fazer o check-in e me avisaram que o vôo tinha sido cancelado. E não deram qualquer explicação. Apenas me disserram: ‘Não podemos fazer nada.’”, contou, inconformada. Ela foi avisada pelos funcionários da empresa que embarcaria no voo das 18h50, mais de duas horas depois do previsto. “Por isso que vim prestar queixa. E se eu tivesse algum compromisso em Curitiba?”, questionou.

Compromisso como o do farmacêutico Leonardo Veit, de 27 anos, que deveria estar em Joinville, em Santa Catarina, por volta às 12h50, mas às 16h ainda se encontrava em Congonhas, sem saber do paradeiro de sua bagagem. O seu périplo teve início à 1h30 desta segunda, quando chegou ao aeroporto de Cuiabá, no Mato Grosso, para pegar um vôo da Tam às 3h para São Paulo e daí para Joinville. As malas já tinham sido despachadas às 15h30 do dia anterior (2).

“Cheguei só com a bolsa e me avisaram que o voo tinha sido cancelado. O avião não tinha saído de São Paulo para Cuiabá e por isso foi cancelado. Não me ligaram, não me avisaram com antecedência”, reclamou. Ele só conseguiu embarcar às 10h30 para Congonhas, de onde tinha partida prevista para Joinville às 18h40. Contra a Tam, sobrou reclamação. “Não sei onde estão as minhas malas. Estou a noite e o dia inteiro viajando e não tenho como trocar de roupa. Disseram que as minhas malas vão chegar em Joinville, mas não falaram se vai ser junto comigo. E só me deram uma refeição porque fui brigar com eles”, relatou.

Com o atraso, pelo menos meio dia de trabalho em Joinville já havia sido perdido. “Estava prevendo ficar até o dia 18, mas vou creio que vou ter de estender por mais um dia. E não posso prestar queixa porque comprei a passagem por uma agência de turismo. Vou ter de voltar para Cuiabá para fazer a reclamação”, disse, desolado.

Já no caso do engenheiro eletricista Bruno dos Anjos, de 28 anos, e de sua esposa, a analista de marketing Fernanda Bacin, de 24 anos, as queixas eram por atraso e por extravio de uma mala. A partida do casal de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estava prevista para as 11h, mas só ocorreu quase duas horas depois.

“O próprio comandante anunciou para os passageiros que o avião estava com excesso de peso e que não havia recebido autorização para pousar em Congonhas. Ele disse que seria necessário aliviar o peso antes para poder levantar voo e prosseguir viagem. Ao chegarmos a São Paulo, descobrimos que uma das nossas malas foi uma das retiradas devido ao excesso de peso”, afirmou Bruno. Sobre o paradeiro da bagagem, o casal não obteve qualquer informação por parte dos funcionários da Tam. “Ninguém sabe onde está”, afirmou, em tom de lamento.

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