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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Voluntários ajudam a enterrar as mais de 600 vítimas da chuva no Rio

Foto: Agência Brasil

Voluntários ajudam a enterrar as mais de 600 vítimas da chuva no Rio
Após as chuvas que mataram mais de 600 pessoas na região serrana do Rio de Janeiro, centenas de voluntários abandonaram suas rotinas para se dedicar às vítimas da catástrofe. É o caso do voluntário Claudinei Jano, que começou a emprestar sua mão de obra enquanto procurava, sem sucesso, seus familiares. "Só quando cheguei à capela do cemitério, percebi a quantidade de caixões e a necessidade de carregá-los. Temos que ajudar o próximo. Nunca carreguei caixões, mas é como posso ajudar", disse.


A costureira Tatiana da Rosa de Oliveira, 37 anos, moradora de Campo do Coelho, em Nova Friburgo, nunca havia visto um cadáver. Agora, é voluntária na lavagem dos corpos que chegam cheios de terra à Escola Municipal Hermínia da Silva Condack. "É desesperador. Não há mão de obra suficiente", disse.

No distrito de Vieira, em Teresópolis, voluntários dedicam o dia inteiro à entrega de roupas, água, alimentos e objetos de higiene pessoal aos mais necessitados. A região ainda tem pontos de difícil acesso. Uma trilha improvisada é utilizada.

"Desde o início da tragédia, eu e meu amigo (Rafael Ferreira), que também é técnico de enfermagem, estamos trabalhando sem parar, ajudando a quem está precisando. Procuramos os lugares mais devastados e fazemos curativos, além de aplicar vacinas. Está sendo cansativo, mas compensador. Saber que podemos amenizar um pouco a dor dessas pessoas não tem preço", disse a técnica de enfermagem Patrícia Rodrigues.

Já o médico Felipe Mafat Lohen, 29 anos, trabalha no Hospital da Lagoa e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Bonito, mas largou tudo para atender pacientes no Hospital Municipal Raul Sertã. "Quando vi a tragédia da cidade em que nasci, abandonei o Rio de Janeiro e juntei cinco amigos para vir para Friburgo. É inacreditável o que aconteceu por aqui", afirmou.

No município de Bom Jardim, que permanece sem acesso terrestre, policiais do Grupamento Aéreo Marítimo entregaram, de helicóptero, as primeiras doações de caixas de leite para a população. Em Itaipava, distrito de Petrópolis, a Força Aérea Brasileira começou a montar uma central de linhas telefônicas no Subcentro de Operações de Busca e Salvamento, para que os moradores possam se comunicar com outras localidades.

Para facilitar a obtenção de informações sobre vítimas, o Ministério Público e a prefeitura de Teresópolis criaram uma Central de Desaparecidos, localizada na sede da Ouvidoria da prefeitura, na praça Olímpica, com atendimento inclusive aos domingos.

Chuvas na região serrana
As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região.
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