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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Mesmo desabrigados, moradores agradecem alerta que evitou tragédia

Os moradores do município de Areal, a 40 minutos de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, não esquecem o momento em que um carro de som fez um alerta dramático, pedindo que a população abandonasse suas casas, duas horas antes de a cidade de 10 mil habitantes ser devastada pela chuva e transbordamento dos rios Piabanha e Preto.


Embora o anúncio tenha causado pânico nos moradores, a maioria agradece o aviso que salvou muitas vidas. Com o aval do prefeito Laerte Calil, Magela, o supervisor da prefeitura, gravou a mensagem que foi veiculada pelo carro de som dirigido por Wallace, ambos populares na cidade.

“Todo mundo conhece a voz do Magela. A gente sabia que não era brincadeira. Foi esse alerta que salvou muitas famílias” , disse a dona de casa Edméia da Silva, 45 anos, uma das moradoras que abandonou sua casa antes da enchente com o marido e a filha de 11 anos.

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Filipinho Barros, a intenção não foi causar pânico, mas retirar aquelas pessoas da área de risco o mais rápido possível. O secretário acredita que mais de mil pessoas estejam desabrigadas.

“Se a represa, que fica no alto do morro, se rompe a cidade poderia ficar submersa. Ela chegou ao máximo de sua capacidade e tivemos que abrir as comportas, aos poucos, para evitar uma tragédia maior”, explicou.

Silvia Helena Vieira, de 29 anos, que mora no final da Rua Amazonas, “quase na boca da barragem”, também teve que abandonar sua casa, com o marido e os três filhos - de 13, 11 e 4 anos.

“Foi um inferno. Quando ouvimos ‘saiam todos de suas casas e procurem um lugar seguro no alto do morro que vem muita água por aí’ foi uma correria, gente gritando apavorada. Desespero total”, contou.

Silvia está entre as 40 famílias que procuraram abrigo em uma escola municipal no bairro Alto Pará. Lá também está Jucilene Nunes, de 23 anos, o marido Anderson Rodrigues, de 33, e os três filhos - um de oito meses, e outros dois, de dois e quatro anos.

“Depois da enchente não conseguimos voltar para casa. Está tudo alagado. O rio aqui sempre encheu, mas nunca vimos coisa parecida. Fomos salvos por um triz. Se fosse à noite, mesmo com o alerta do carro, muita gente teria morrido”, acredita Jucilene.
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