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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Governo do Rio anuncia demolição de casas em áreas de risco

O Governo do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira que demolirá dezenas de casas construídas em áreas de risco após a tragédia provocada pelas chuvas dos últimos dias na Região Serrana, que deixaram mais de 640 mortos.


O vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, citado em comunicado, afirmou que as famílias que vivem em áreas serão retiradas de suas casas e essas serão demolidas para evitar que voltem a ser ocupadas.

Pezão afirmou que identificou pelo menos 100 casas construídas em áreas de risco ao sobrevoar as áreas afetadas no domingo.

Quase todas as vítimas afetadas pelas chuvas moravam nas encostas das montanhas e suas casas foram derrubadas pelo deslizamento.

Segundo o governo, a decisão sobre quais casas serão demolidas dependerá de inspeções.

A Defesa Civil de Nova Friburgo, um dos municípios mais afetados pela tragédia, anunciou que ao menos 160 casas terão que ser demolidas por estarem localizadas em áreas de risco.

A Prefeitura ordenou que os moradores desses imóveis retirassem alguns pertences e que os desocupem até que se determine se poderão retornar.

Os proprietários dos imóveis foram obrigados a assinar documentos que informam sobre a situação de sua residência e sobre a necessidade de evacuação e através dos quais eles assumem a responsabilidade por qualquer acidente caso não deixem o local.

As famílias desabrigadas receberão um subsídio do Governo para que possam pagar o aluguel de outra residência até resolverem definitivamente sua situação.

Segundo a Defesa Civil, além das 6.050 pessoas que perderam suas casas, outras 7.780 tiveram que abandoná-las temporariamente e se abrigar em ginásios e escolas.

As autoridades regionais e nacionais admitiram que a dimensão da tragédia dos últimos dias se deveu ao fato de muitas casas na Região Serrana se tratarem de construções irregulares em encostas de montanhas.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, atribuiu a tragédia à ocupação "irregular" dessas áreas e disse que esse processo foi favorecido por uma permissividade "irresponsável" das Prefeituras da região nas três últimas décadas.

"A casa em área de risco no Brasil se tornou regra e não exceção", disse a presidente Dilma Rousseff, após sobrevoar as principais áreas afetadas na última quinta-feira.

Pezão declarou que o Governo está negociando alternativas para abrigar as famílias desalojadas e cujas casas serão demolidas.

Ele acrescentou que a Prefeitura de Teresópolis já expropriou alguns terrenos nos quais serão construídas cerca de 3 mil moradias e que o governador determinou que as obras sejam realizadas em caráter de urgência.

Cabral se reuniu nesta segunda-feira com o vice-presidente, Michel Temer, para negociar um ajuste a um programa governamental que oferece incentivos à construção de casas populares de modo que possa beneficiar especialmente os desabrigados pelas chuvas. EFE
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