Mesmo com a ameaça de prisão a comerciantes que abusarem dos preços na Região Serrana do Rio de Janeiro, moradores de Nova Friburgo – um dos municípios mais afetados pela tragédia que deixou mais de 670 mortos desde terça-feira (11) – denunciam que a escassez de alguns produtos levou lojistas a cobrar mais caro por eles.

"Os comerciantes estão vendendo galões d'água que custavam R$ 5, estão vendendo a R$ 20. Na semana que todo mundo ficou sem luz, estavam vendendo maços de vela a R$ 10, R$ 11. Preços abusivos mesmo", reclamou a professora Daiane Rodrigues, apesar do cartaz estampado na entrada de um supermercado da cidade que dizia: “Baixamos os preços”.

Na semana que todo mundo ficou sem luz, estavam vendendo maços de vela a R$ 10, R$ 11. Preços abusivos mesmo"Daiane Rodrigues, moradora de FriburgoPoliciais da Delegacia do Consumidor vão fazer uma fiscalização em lojas de Nova Friburgo. E se for comprovado o aumento abusivo dos preços, o dono da loja poderá cumprir pena de dois a cinco anos de prisão. Nesta segunda, eles visitaram Teresópolis e não encontraram irregularidades.

Nova Friburgo começou a semana com boa parte do comércio ainda fechada. Mas alguns lojistas se arriscaram a abrir as portas nesta segunda-feira (17), pela primeira vez depois do temporal que matou mais de 300 pessoas no município. Mas os consumidores enfrentam também problemas de racionamento.

"A gasolina você tá tendo que racionar. Eu encontrei um posto que só pode abastecer R$ 30", contou a dona de casa Gerusa Alves Falcão.

E nos bancos, que também voltaram a abrir nesta segunda, as filas ficaram enormes. Para sair de casa, as máscaras viraram artigos quase indispensáveis, e já começam a faltar no mercado.