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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Fãs fazem 'vaquinha' moderna para trazer bandas internacionais ao Brasil

Sabe aquela mansão dos sonhos? Ou aquele show de rock que você achou que nunca poderia assistir? Nada mais é impossível. Tem gente usando um velho truque para realizar os desejos: a vaquinha. Mas é uma versão modernizada dessa prática que usa a internet e as redes sociais mantidas pelos navegantes. Eles realizam todo tipo de sonho. Até de trazer aquela banda que pouca gente conhece ou comprar um avião.


A união faz a força. E os rapazes que podem ser vistos no vídeo, apaixonados por música, levaram isso a sério. O desejo era assistir a shows de bandas que não tinham apresentações agendadas para a cidade deles, o Rio de Janeiro. A saída foi reunir pessoas com o mesmo interesse para, juntos, financiar o espetáculo. A vaquinha deu certo.

“A gente descobriu quanto custava para trazer, eram R$ 20 mil. Aí o Tiago teve essa ideia de dividir esse valor por cem pessoas, que era um número controlado, um número administrado de pessoas, dentro da nossa rede de contato, cada um pagar R$ 200 e a gente garantia o show”, conta o jornalista Bruno Natal.

As apresentações sempre atraem mais gente e acabam dando lucro. E então, o dinheiro é devolvido para quem ajudou a fazer a vaquinha. Já foram quatro shows. E outros dois estão programados.

“Acho que foi muito importante para cidade mesmo, pelo menos para uma parcela da cidade. Bandas que não teriam vindo para o Rio se não tivesse sido essa mobilização”, diz o diretor de TV Felipe Continentino.

O sonho da casa na praia foi conquistado graças a uma vaquinha. Sete famílias se juntaram, cada uma deu um pouquinho e elas conseguiram comprar três imóveis em Toque-Toque, no litoral norte de São Paulo. Uma das famílias é esta: o Fernando, a Cláudia, o Bruno e a Bianca.

Segundo o biomédico Fernando Ramuth, eles não teriam conseguido comprar a casa se não fosse a ‘vaquinha’. “Nós não teríamos conseguido e, ao mesmo tempo, o gostoso é estar em família, estar todo mundo junto na casa”.

Os imóveis ficam um do lado do outro e cada família tem um pedacinho. “São dois quartos fixos para cada família e um quarto dos meninos que a gente chama dos meninos, que é o quarto da bagunça”, mostra o biomédico.

E é no espírito da coletividade que eles administram tudo. As despesas são rateadas. Foi assim para colocar a piscina, comprar a barraca e as cadeiras de praia.

“É dividido em sete. A conta de luz, a conta de água, o jardineiro, o piscineiro, tudo sempre em sete”, explica a bióloga Cláudia Ramuth.

“A gente já é em 12, 15 primos mais ou menos. Daqui a pouco cada um vai crescer, ter o seu dinheiro, vamos fechar a rua, vai ser a nossa rua”, brinca o estudante Bruno Ramuth.

Para os que ostentam bolsos cheios, a velha vaquinha é usada a favor do luxo. É o clube da exclusividade. Uma associação atua em quase 60 países e pode arranjar tudo o que o cliente quiser.

“Essas pessoas se juntam para que tenham acesso das coisas mais simples às mais inusitadas, desde uma simples reserva em um restaurante até uma reserva de um voo privado, uma festa super exclusiva”, explica Alexandre Wawelberg , diretor de marketing da empresa.

Para se unir a esse time é preciso cacife. Os pacotes variam de US$ 1,5 mil a US$ 45 mil por ano.

Os jovens que tiveram a ideia de promover shows internacionais no Rio já pensam em levar a iniciativa para outras cidades do país. Segundo eles, a notícia se espalhou e eles receberam vários pedidos na página que eles mantêm na internet.

No dicionário, a palavra "vaquinha" está relacionada com a associação de várias pessoas em um jogo, ou para a compra ou realização de algo. Mas ninguém sabe como surgiu a expressão. Existem especulações de que ela seja usada há mais de cem anos.
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