Uma equipe de profissionais de saúde, todos voluntários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai promover uma nova ação de atendimento aos desabrigados da região serrana nas próximas semanas. O grupo está reunido na manhã de hoje (3) no Centro de Ciências da Saúde da universidade para definir a data e outros detalhes da nova visita aos municípios da serra fluminense. O objetivo é diagnosticar possíveis contaminações entre a população que ainda ocupa abrigos, oferecer tratamento e levar kits de medicamentos.

Em janeiro, o grupo – que conta com profissionais de diversas especialidades, entre clínicos, pediatras, enfermeiros e dentistas – foi à região duas vezes e prestou aproximadamente 130 atendimentos a adultos e crianças. Nas duas ocasiões, também levou material para curativos e medicamentos de diversos tipos, entre eles remédios para cicatrização de feridas, analgésicos e produtos contra piolhos e doenças de pele, cuja contaminação é facilitada quando muitas pessoas convivem por muito tempo num mesmo lugar, como é o caso dos abrigos para vítimas da tragédia.

Ontem (2), a Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que já foram registrados 28 casos de leptospirose nos municípios da região, sendo 26 em Nova Friburgo e dois em Teresópolis, após as chuvas no início de janeiro. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Teresópolis, 86 suspeitas da doença ainda esperam confirmação dos exames laboratoriais.

Entre os principais sintomas da leptospirose, que é transmitida por meio do contato com água contaminada por urina de roedores como o rato, estão febre e dor de cabeça e pelo corpo, especialmente na panturrilha. Os sintomas podem aparecer até 30 dias depois do contato com a água contaminada.