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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Polícia de SP busca receptadores de produtos roubados após assaltos a joalherias

Em São Paulo, a repetição de assaltos a joalherias levou a polícia a concentrar as investigações nos receptadores de produtos roubados. Foram 18 casos no ano passado. Nesta terça-feira (8), aconteceu de novo em um shopping da zona sul da cidade.


Não bastasse o prejuízo, esta terça-feira (8) foi mais um dia sem faturar. A vitrine da joalheria ainda não foi substituída, assim como a porta do shopping atingida por um tiro. As outras lojas abriram normalmente.

As imagens do circuito interno mostram os assaltantes sem capuzes, dentro da joalheria. Um deles fala em um rádio de comunicação e depois aparece com uma bolsa. O outro segura uma marreta, usada para quebrar a vitrine.

As imagens e os depoimentos de testemunhas são as únicas pistas da polícia, até agora, para chegar à quadrilha que fugiu levando joias e disparando para todos os lados.

“Mostra um pouco da insegurança que a gente vive hoje, que vai atingindo cada vez mais lugares”, comenta José Ricardo Nogueira, do Conselho de Planejamento Estratégico. “Não tem segurança. A gente não sabe se ali, qual vai ser o próximo”, diz a arquiteta Michele Ticci.

Os assaltos estão mais frequentes apesar do investimento dos shoppings em segurança ser recorde. Em todo o país, o montante chegou a R$ 1,3 bilhão no ano passado, segundo a Associação dos Lojistas de Shoppings. O setor considera que já faz muito, mas reconhece que é preciso fazer mais.

O presidente da associação, Nabyl Sahyoun, defende a implantação de três medidas discutidas em um fórum de segurança.

- Para intimidar os ladrões, seguranças dentro guaritas ou de carros blindados na porta;
- Vitrines blindadas e portas giratórias nas joalherias;
- Mais investimento em treinamento dos funcionários.

“No final, você vai repassar isso para o custo da mercadoria, e o consumidor acaba pagando a conta”, diz Nabyl Sahyoun, da Associação de Lojistas de Shoppings.

O setor defende ainda delegacias especializadas e mais esforço da polícia para prender quem encomenda os roubos. “O receptador é a pessoa mais importante, porque é ela que contrata o intermediário para fazer o assalto. Esse receptador a gente acaba não tendo conhecimento de que esse receptador foi preso. Não adianta nada pegar o intermediário, que já recebeu o dinheiro dele, e a mercadoria foi embora”, destaca Nabyl.

A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que, no ano passado, prendeu 22 suspeitos de roubo a joalherias e identificou outros oito.
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