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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Aluguel social começa a ser pago no dia 15 às vítimas das chuvas na região serrana

O secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, anunciou, na sexta-feira (11), que a primeira parcela do aluguel social será paga no dia 15 deste mês às vítimas das chuvas que atingiram a região serrana em janeiro.


O cronograma de pagamento começa com as famílias que têm cartão do programa Bolsa Família. A partir do dia 24, o auxílio será pago àqueles que abriram conta específica para este fim na Caixa Econômica Federal.

O aluguel vai beneficiar 7.000 famílias das sete cidades atingidas pelas chuvas em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Areal, Bom Jardim, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. Por 12 meses, 6.000 receberão R$ 500, nas três maiores cidades. Nos outros quatro municípios, 1.000 famílias serão beneficiadas com R$ 400 mensais. O valor total dos recursos para as sete cidades é de R$ 40,8 milhões por ano.

Para o secretário, a ação do aluguel social é inédita na forma como está sendo desenvolvida.

- A parceria da Secretaria com o Ministério do Desenvolvimento Social, a Caixa e o Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro) vai permitir que as famílias recebam o auxílio no banco, como nunca ocorreu antes. Outra medida importante é que, com esse banco de dados, poderemos fazer o acompanhamento social permanente dessas famílias e integrá-las em programas habitacionais definitivos.

Duas mil famílias cadastradas nos abrigos receberão do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, com recursos do Fundo Estadual de Assistência Social, 2.000 kits com móveis, eletrodomésticos e utensílios de cozinha. A ação se inicia na segunda quinzena deste mês.

Tragédia das chuvas

Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em um 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

Veja algumas fotos

Vídeos revelam detalhes

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.

A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraldas).

Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.
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