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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Religioso preso com euros no Galeão terá de doar R$ 30 mil para caridade

O monsenhor que foi preso em flagrante em setembro no ano passado ao tentar embarcar para Portugal com 52 mil euros (cerca de R$ 115 mil) não declarados terá de doar R$ 30 mil para uma instituição de caridade. A doação faz parte de um acordo assinado pelo religioso nesta quinta-feira (17) na Terceira Vara Criminal Federal, para arquivar o processo por crime de evasão de divisas, segundo informações da Justiça Federal do Rio de Janeiro.


O acordo prevê ainda que essa doação seja dividida em três parcelas de R$ 10 mil, que deverão ser pagas nos meses de março, junho e setembro. Além disso, a Justiça devolverá ao religioso R$ 10 mil, valor máximo estabelecido por lei que pode ser levado por um passageiro para fora do país, desde que declarados à Receita Federal.

O restante dos 52 mil euros foi confiscado pela Polícia Federal e, segundo a assessoria da Justiça Federal, o religioso poderá tentar reaver a quantia entrando com uma ação na esfera cível.

De acordo com a Polícia Federal, o religioso tentou viajar em 5 de setembro de 2010 com 7 mil euros na bagagem de mão e 45 mil euros na mala. A Justiça do Rio mandou soltar o pároco no mesmo dia.

A PF informou que a prisão do religioso só foi possível graças a uma denúncia anônima. Ao ser flagrado com o dinheiro, o monsenhor informou, ainda segundo os policiais, que o dinheiro era “fruto de muitos anos de trabalho e que tudo seria doado a parentes próximos em Portugal”.

Na época, o religioso divulgou uma nota reconhecendo o erro de ter tentado viajar ao exterior sem declarar o dinheiro.

"Em razão das notícias veiculadas, esclareço que resolvi viajar de férias à minha cidade natal, em Portugal, onde tinha intenção de descansar, cuidar de minha saúde, visitar meus parentes e celebrar um casamento e um batizado. Levava comigo parte de minhas economias pessoais, adquiridas ao longo de anos, cuja procedência é declarada", afirmou o pároco.

"Minha intenção era ajudar meus parentes pobres e a Paróquia onde fui batizado. Reconheço e lamento o erro de não ter informado, previamente, que estava de posse de minhas economias durante a viagem", concluiu em comunicado enviado pela Arquidiocese do Rio.
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