O governador catarinense Raimundo Colombo anunciou, neste domingo (6), que já pediu aos técnicos do Estado um minucioso levantamento das condições do trecho de rodovia, onde 26 pessoas morreram após uma batida entre dois veículos.

Santa Catarina também decretou luto oficial de três dias, em Descanso, no Oeste de Santa Catarina, em memória às vítimas e familiares do acidente na BR-282. O trecho onde o acidente aconteceu fica próximo à cidade.

Colombo informou que já encomendou um levantamento a ser entregue ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura). O prazo não foi informado por ele.

- O volume de veículos nas estradas catarinenses é intenso e a tendência é aumentar.

A proposta, segundo o governador, é adotar medidas corretivas. A pista simples da rodovia já foi palco de outra tragédia. Em outubro de 2007, outro acidente na mesma rodovia, distante 9 km do desastre de sábado, causou a morte de 27 e feriu outras 90 pessoas.

A pista simples em curva acentuada, combinada com iluminação ruim, pode ter contribuído para causar o acidente. A constatação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), afirma inspetor-chefe da PRF no Oeste, Ivo Silveira, leva em conta também o trecho sinuoso e de declive.

A hipótese preliminar da causa do acidente, segundo a PRF, leva em conta que o motorista que dirigia o caminhão bi-trem, com dois reboques carregados de madeira, tenha perdido o controle do veículo e não teve mobilidade suficiente para evitar o choque com o ônibus.

O tacógrafo, dispositivo que registra a velocidade do caminhão, está em análise pela PRF. O trecho onde ocorreu a batida já passou por uma perícia feita pelo IGP (Instituto Geral de Perícias) de Santa Catarina.

Segundo levantamento preliminar, por volta das 3h de sábado, a carreta fez uma curva acentuada à direita, tombou e deslizou 43 m sobre o asfalto até bater de frente com o ônibus. O motorista do caminhão, Fernando Zanetti Furtado, e sua acompanhante, Saionara Rocha, morreram.