Os gastos do setor público evitam menor crescimento econômico em momentos de crise, na avaliação do diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita.

“A atuação do setor público contribui para estabilizar a atividade econômica, especialmente em momentos de desaceleração mundial como o atual”, disse Mesquita.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (30) pelo Banco Central, a economia brasileira deve crescer 1,2% neste ano. Para esse resultado, conforme o relatório, contribuem as obras de infra-estrutura previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa de habitação popular, financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e investimentos em setores como os de exploração de petróleo e gás natural. Há também contribuição do aumento do salário mínimo, estabelecido pelo governo, e dos programas sociais, como o Bolsa Família.

De acordo com o relatório, a projeção para o consumo do governo subiu de 2,2% para 2,4%. Já a estimativa para o crescimento de consumo das famílias foi de 3,9% para 1,6%.

A projeção para o crescimento dos investimentos (formação bruta de capital fixo) passou de 4,4% para 0,7%. A estimativa para a expansão do setor de serviços foi revisada de 3,1% para 1,7%. A projeção para a produção industrial caiu de 3,4% para 0,1%. “O segmento de administração foi o único a registrar elevação na taxa de crescimento esperada na atual projeção, de 0,8 ponto percentual”, diz o relatório.