Terminou nesta segunda-feira (28) uma das maiores operações de combate à pirataria, contrabando e sonegação fiscal na região da Rua 25 de Março, tradicional centro de compras popular de São Paulo. O alvo da operação, que teve início no dia 7 de março, foi o Shopping 25 de Março. O balanço foi divulgado pela Secretaria Municipal da Segurança Urbana de São Paulo.
O resultado, no período, foi a apreensão de cerca de dez milhões de itens ilegais, entre relógios, óculos, bolsas, roupas, tênis, e equipamentos eletrônicos, entre outros. O montante estimado das apreensões alcança os R$ 400 milhões. Além disso, o prédio onde funciona o shopping foi interditado pelo Departamento de Controle Urbano (Contru), da Prefeitura.
Ao todo, 922 lojas ou box, incluindo os de alimentação, foram vistoriados pelos agentes dos mais diversos órgãos municipais, estaduais e federais que participaram da operação. Destes, apenas 64 comercializavam mercadorias de forma regular. Duas lanchonetes foram interditadas e 11, autuadas por problemas sanitários considerados graves.
Também foram apreendidos documentos, cheques, dinheiro em espécie, somando o valor de R$ 336.781,00, encaminhados para o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) da Polícia Civil. Durante a operação, foram encontrados paredes e fundos falsos (teto, parede ou móvel) em pelo menos 50% das lojas vistoriadas, nos quais haviam mercadorias ilegais, falsificadas e contrabandeadas, estocadas.
Nestes 12 dias, foram usados 52 caminhões para encaminhar os produtos apreendidos, tendo totalizado cerca de 300 toneladas. Mais de 600 pessoas, entre proprietários, funcionários, seguranças e compradores foram identificados ou qualificadas pelos agentes e serão averiguados em inquéritos coordenados pelo Deic.
Participaram da operação, coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada de Segurança, mais de 400 agentes. A operação faz parte de um conjunto de medidas, iniciado em dezembro de 2010, na região da Avenida Paulista, onde foram fechados três shoppings a apreendidos mais de seis milhões de produtos.
“O objetivo principal é mostrar a firme decisão do Poder Público contra a pirataria/falsificações, contrabando e sonegação fiscal nos estabelecimentos. A intenção não é fechar shopping e sim acabar com o comércio de produtos irregulares na cidade de São Paulo”, afirmou o secretário de Segurança Urbana Edsom Ortega.
